terça-feira, 12 de julho de 2011

Tapas, castigos e broncas: disciplina à moda antiga funciona?


Escrito por BabyCenter Brasil: http://brasil.babycenter.com

Seu filho respondeu pela enésima vez e essa foi a gota d'água. Não dá mais para segurar e você grita: "Já para o seu quarto!". Momentos depois, você percebe, em choque, que agiu igualzinho à sua mãe.

Isso acontece com todo mundo. É normal que, numa reação impensada, quando nossos filhos se comportam mal, a gente faça com eles o que faziam conosco quando nós próprios éramos crianças. A pergunta é: a disciplina à moda antiga ainda funciona?


Tapas, beliscões e puxões de orelha

Muitas mães já levaram tapas quando eram crianças e acabam fazendo o mesmo com os filhos. Alguns pais dizem que um tapa no bumbum ou na mão é a única coisa que funciona, quando já tentaram de tudo. Já outros são totalmente contra. Afinal, tem gente que lembra quantos tapas levou, da dor e do choro, mas não consegue recordar o motivo da surra.

Para o especialista Carl Pickhardt, autor de "The everything parent's guide to positive discipline" (algo como Guia geral da disciplina positiva para pais), tapas só mostram à criança que quem é maior pode bater em quem é mais fraco.

Sal Severe, que escreveu outro livro sobre disciplina ("How to behave so your children will, too!" -- Como se comportar para que seus filhos também se comportem), diz que crianças que levam palmadas e surras muitas vezes se sentem inseguras e têm baixa auto-estima, tornando-se tímidas ou agressivas.

Algumas sugestões para lidar com a criança sem precisar bater são:
- Deixá-la sozinha (por exemplo, colocá-la num canto por alguns minutos para "pensar na vida").
- Tirar privilégios (como um brinquedo, um passeio, o tempo de TV).
- Consertar o erro (fazê-lo reparar o que fez de errado para só então poder fazer outra atividade).


Tirando privilégios

Proibir a criança de fazer algo que ela gosta -- como assistir à TV ou brincar com os amiguinhos -- é uma tática muito usada pelos pais. A idéia de redenção -- de devolver à criança um determinado privilégio assim que ela admite que errou -- tem papel importante para os pais de hoje.

A dica é não usar essa técnica em excesso, e aplicar uma restrição que seja fácil de cumprir e de acompanhar -- como tirar brinquedos ou mandar a criança cedo para a cama --, explica Sal Severe. Procure escolher um castigo que esteja de acordo com o "crime" cometido: se seu filho ligou a TV quando você tinha dito para desligar, elimine a TV pelo resto da noite.

Cuidado para não tirar privilégios por tempo demais. Uma ou duas semanas podem parecer uma eternidade para uma criança; ela pode ficar zangada e querer se vingar. Lembre-se de que a idéia não é responder com uma "birra de adulto", e sim encorajá-la a aprender a se comportar.

Um outro jeito de resolver uma situação é incentivar a criança a consertar o que fez de errado, explica Jane Nelsen, da série "Disciplina Positiva" (editora Cultrix). Se seu filho quebrar um objeto, por exemplo, você pode tirar dinheiro do cofrinho ou da mesada dele, para pagar pelo item perdido, ou sentar com ele para colar os pedaços.

Este e muitos outros métodos que não envolvem castigos físicos demonstram respeito e são educativos.


Fazer a criança "pensar na vida"

"Vá já para o seu quarto!". Você já disse isso? Deixar a criança de castigo, em um canto, para "pensar na vida", continua a ser uma opção muito usada pelos pais de crianças a partir de 2 anos.

Outros pais preferem colocar a criança em outro lugar, como num degrau da escada ou num banquinho, e explicar por que ele tem que ficar ali: para pensar no que fez. Depois, sentam e conversam com a criança sobre o que aconteceu.

Segundo Michelle Borba, autora de "No More Misbehavin'" (mais ou menos Chega de malcriação), castigos assim são adequados quando dados na hora. Pode ser uma boa estratégia para ajudar crianças agressivas a se acalmar.

Mas isso deve ser feito de acordo com a idade, o temperamento e o grau do mau comportamento da criança. A regra mais simples para quem tem de 3 a 7 anos é: o castigo deve durar um minuto para cada ano da idade (três minutos para as crianças de 3 anos, quatro minutos para as de 4, e assim por diante).

Não se esqueça de ensinar qual teria sido o comportamento certo. Mostre de um jeito bem claro, pois às vezes a criança não sabe o que devia ter feito. Depois de deixá-la pensando no que fez, peça a ela que escreva ou desenhe o que fez de errado, ou bata um papo sobre o assunto com ela.

Crianças maiores podem escrever ou desenhar uma "promessa de melhorar", explicando como elas pretendem mudar, ou um "contrato". Vocês podem combinar juntos qual será o castigo se ela for reincidente.

Quando a criança é muito pequena, é bom preferir lugares que inspirem silêncio e tranquilidade; não há problema se houver almofadas ou bichos de pelúcia.


Cancelar ou proibir passeios

Aplicar castigos como proibir a criança de ir ao parquinho é uma técnica bastante usada pelos pais -- que provavelmente sofriam esse tipo de castigo quando eram pequenos.

Assim como tirar privilégios da criança, esse tipo de castigo funciona se a criança perde algo com que ela realmente se importa. No caso de uma criança em idade escolar, o castigo pode durar um dia e ser do tipo que a proíbe de sair de casa, a não ser para ir à aula.

Lembre-se que castigos como deixar o filho sem TV, videogame ou computador não funcionam com crianças menores de 2 ou 3 anos, porque elas ainda não associam uma coisa à outra (o erro ao castigo).

Cuidado também para não exagerar no tempo de castigo, que pode causar um efeito indesejado, como fazer a criança sentir-se perseguida ou estimular a vingança. Pense também na logística da casa. Não adianta cancelar a ida à casa da avó por causa do castigo e depois não ter com quem deixar a criança para ir a compromissos.

Para incentivar seu filho a se comportar melhor, tente o seguinte: seu filho de 6 anos está de castigo por seis dias? Para cada dia em que ele se comportar bem (defina o que é "se comportar bem", como fazer o que lhe é pedido, falar em voz baixa ou tratar bem o irmãozinho), tire um dia de castigo do final. Você pode fazer um calendário mostrando esse progresso.


Dar broncas e gritar com a criança

Se você cresceu numa casa onde todo mundo gritava e caprichava nas broncas, há boas chances de você gritar com seu filho também. Claro que levantar a voz uma vez ou outra não vai causar nenhum dano permanente, mas há especialistas que acham que gritar constantemente com a criança é tão ruim quanto bater nela.

A gente acaba gritando com o filho porque parece que ele não nos ouve, e porque estamos bravos, nervosos e não vemos outra forma de resolver a situação no momento. Mas gritar é uma das atitudes que mais fazem mães e pais se sentirem culpados.

Um lado ruim das broncas constantes e dos gritos é que o seu filho vai esperar você fazer isso para começar a achar que a coisa é séria. E ainda sente que tem o poder de irritar você. Então, seja firme mas procure não se deixe levar pela emoção, diz o especialista Carl Pickhardt.

Se achar que está prestes a perder o controle, dê um tempo ou peça a outro adulto para interferir. Recuar não significa que você está desistindo.

Outro ponto negativo dos gritos é que você passa a mensagem à criança de que está fora de controle, e ela pode até se sentir estimulada a testar você. Esforce-se para manter o tom de voz próximo do normal, firme.

Além disso, ações passam uma mensagem mais forte do que palavras ditas com voz alta. Em vez de gritar "Desligue logo essa TV!" pela terceira vez, vá até lá e desligue-a você mesmo.


Pedir desculpas

Você até quer que seu filho seja educado, mas será que um "desculpe" dito de má vontade ajuda? Ou só serve para deixar seu filho constrangido em público?

Em vez só forçar a criança a pedir desculpas, é preciso ajudá-la a entender a relação entre o mau comportamento e o pedido. Primeiro pergunte: "O que aconteceu?", e depois, "Como você acha que o Pedrinho se sentiu quando você tirou o brinquedo dele?".

Quando a criança entender as consequências de suas ações e criar uma empatia com a outra, você pode perguntar: "O que você pode dizer a ele, para ele se sentir melhor?". O ideal é que a iniciativa de pedir desculpas saia de seu filho.

Pedidos sinceros de desculpas são importantes porque envolvem duas partes vitais da disciplina: consciência e auto-correção, diz Carl Pickhardt. A criança precisa aprender a expressar o remorso verdadeiro.

Pais que se recusam a admitir erros encorajam os filhos a fazerem o mesmo. Por isso, você pode dar o exemplo a ele. Às vezes, é preciso dizer à criança: "Desculpe se fui grosso. Eu estava nervoso e não entendi o que você queria."

Se seu filho tem dificuldades em pedir desculpas verbalmente, ele pode escrever um recado, fazer um desenho um dar um presente para quem ele deve as desculpas.


"Que menina mais feia!"

A frase é quase automática quando sua filha bate no amiguinho, mas pense bem. Se você fala assim com a criança, é porque era assim que seus pais falavam com você.

Outros exemplos são: "Você não tem jeito mesmo!", ou "Que menino malcriado!". Até a ironia assusta e magoa a criança: "Que bela porcaria você sempre faz!".

Em vez de usar frases negativas assim, procure jeitos de elogiar e ressaltar as qualidades boas da criança. E, na hora do mau comportamento, critique o comportamento, não a criança. É melhor dizer "Bater é feio!" ou "Que coisa feia você fez", que "Sua feia! Não faça mais isso!".

É comum os pais nem perceberem que estão abusando das palavras. Tente dizer exatamente o que quer que seu filho faça (ou não faça), mesmo que esteja com raiva. Se ele insiste em cutucar o irmão na hora do jantar, diga "Pare de fazer isso" ou "Não incomode o seu irmão", em vez de falar "Por que você tem que ser uma peste?" ou "Por que você nunca pára quieto?".

Você é a autoridade máxima na vida do seu filho. Se você diz que ele é feio, malcomportado, agitado demais, malcriado, ele vai acreditar.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O certo e o errado

O objetivo deste texto não é questionar valores, mas refletir sobre como ensinamos os nossos filhos a construir sua forma de lidar com o mundo, já que é consenso que são os adultos que devem ensinar às crianças o que é certo e o que é errado.

Os limites são importantes para garantir a segurança física e emocional dos pequenos; no entanto, desenvolver um processo de aprendizagem eficiente sobre o que é certo e o que é errado depende do respeito pelas informações que vêm da criança.

Como adultos, é nosso papel discernir o que é experimentação e o que é desobediência. Na correria da vida cotidiana, muitas vezes os adultos perdem a paciência diante de ousadias, cujos objetivos podem ser a simples experimentação.

O resultado é que recorrem constantemente às “broncas”, que utilizadas sem explicação viram uma sequência de conflitos inócuos e a criança fica “vacinada” contra elas. É preciso observação, paciência e disponibilidade com a experimentação, pois tudo que a criança aprende por si própria serve para compreender situações semelhantes.

A “bronca” deve ser utilizada somente em situações que implicam manter sua integridade física ou de outra criança quando não há tempo para dialogar, caso não obedeça prontamente a ordens como: “Tire o dedo da tomada!” ou “não morda o amiguinho!”.

Ainda, toda ordem que damos a uma criança deve ser acompanhada de uma lógica: “Vá dormir, porque criança precisa dormir muito para crescer”. Habituar a criança ao diálogo olhos nos olhos é muito importante, pois se instaurar uma atitude diferente será difícil instalar essa via de comunicação mais tarde.

Não é preciso ficar desesperado se a criança não tiver a compreensão do que está sendo feito, mas é preciso explicar o porquê depois: “se você colocar o dedo na tomada vai se machucar” ou “se você morder seu amiguinho vai machucá-lo”.

Estas intervenções devem ser dadas de modo pontual, de forma objetiva e sempre cuidando para que a criança sinta a clareza do que foi dito, pois assim essas situações não serão traumatizantes para nenhuma das partes.

Crianças bem pequenas estão em fase imagética, na qual se alguém os olha com cara feia é porque não gosta deles, não porque está preocupado com outra coisa. Dialogar fará com que sinta o afeto e estima dos adultos e confiança na sua capacidade de avaliar e ponderar até quando for adolescente.

Além disso, não existe limite sem alternativa: não adianta dizer que a criança não pode fazer determinada coisa, se não há mais nada para ela fazer. Assim, o ideal é em vez de uma negação oferecer outra opção. Dar limites dentro deste contexto é o suficiente para resolver qualquer impasse e criar a cultura de que “obedecer é um valor”.

Ainda no que diz respeito a nossa postura em relação ao comportamento da criança, é muito comum fazer barganhas para que ela se comporte bem. Presentes como premiação ou castigos como punições remetem a valores de que a autoridade por si só não vale ou ainda que os valores materiais valem mais do que o respeito.

Se não houver paciência e respeito, pode ser que a criança seja bem comportada, porém seu bom comportamento se instalará pelo medo, não por uma consciência moral, o que não prevalecerá mais tarde, pois, em qualquer lugar do mundo, as pessoas fazem coisas erradas mesmo sabendo que poderão ser punidas severamente.

Dessa forma, sempre cabe o bom senso e a paciência para dialogar sobre o que é certo e errado com muito amor, lembrando sempre que um não pode ser entendido como um não-amor e que o ideal é que os limites com esclarecimentos sejam estabelecidos até os 7 anos de idade, pois será difícil instaurar esses procedimentos na adolescência.

TEXTO RETIRADO DE http://www.mamaeteama.com
DATA 16/06/2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Será a nova encantadora de bebês????? será???



Encantadora de bebês - Špela Gorenc Jazbec
Uma nova publicação chamou atenção do site Guia do Bebê. O manual “Correct baby handling and correct choice of appropriate equipment and accessories” (tradução: “Maneira correta de manusear o bebê e escolha apropriada de equipamentos e acessórios”), da autora Špela Gorenc Jazbec, traz algumas recomendação de como lidar com o bebê em relação aos movimentos e posturas adequadas, além de condenar o uso de alguns dispositivos que conhecemos bem.

Špela Gorenc Jazbec é formada em terapias neurológicas do desenvolvimento físico e trabalha na clínica Community Health Centre, na Eslovênia. Diariamente, ela lida com crianças com dificuldades motoras e seus pais. Devido a sua formação e experiência, ela acredita que todos os pais e seus bebês podem se beneficiar ao aprenderem a forma correta de interagir fisicamente. Notando a falta no mercado de uma fonte de informação que organizasse ideias sobre esse tema, ela recentemente lançou o manual. No livro, além de estimular os pais a agir de forma natural ao manusear o bebê para garantir a qualidade de desenvolvimento motor da criança, ela cria polêmica ao condenar o uso de acessórios caros que enchem as prateleiras de lojas infantis, como andadores e os “slings”.

Para entender melhor o conteúdo do livro e oferecer às nossas leitoras um novo olhar sobre a questão, a seguir apresentamos uma entrevista realizada com a autora.

Guia do Bebê: Quando você sentiu a necessidade de escrever sobre o tema?

Špela Gorenc Jazbec: O motivo de escrever sobre o tema foi natural porque os pais que me procuravam para fazer terapia não entendiam como ninguém havia lhes dito essas coisas antes. Eles provavelmente teriam agido de forma diferente se tivessem tido esse tipo de informação. E, com certeza, não teriam gasto dinheiro com equipamentos desnecessários. Eu também notei que muitos pais buscavam esse tipo de informação na internet, em forums de discussão – mas nem todos acreditavam porque era apenas uma coisa boca a boca. Então, eu decidi escrever a todos os pais e não apenas os que chegavam até mim em busca de terapia. Se funciona com bebês com disfunções motoras, com certeza funciona ainda melhor em bebês que não têm problemas.

Guia do Bebê: Por que você defende essas maneiras específicas de "manusear" o bebê?

Špela Gorenc Jazbec: Porque me parece a maneira mais lógica e natural. Exemplo: adultos geralmente se levantam do modo mais fácil, ou seja, deitam de lado e ajudam com as mãos apoiadas na superfície para sentar. Quase nunca adultos que estão deitados de barriga para cima se levantam direto para sentar ou ficar em pé. Então, por que usar o padrão errado com o bebê? Mas o que eu mais defendo é que bebês que são manuseados de forma apropriada ganham experiência motora que vai durar por toda a vida. Manusear seu bebê corretamente promove força muscular, conhecimento corporal e constrói base sólida para o futuro desenvolvimento motor. Dessa forma, os pais ensinam aos bebês como reagir, ser ativo, mesmo sendo manuseado, e não cria um ser passivo a espera do que acontecerá.

Guia do Bebê: Como tem sido a aceitação de suas ideias?

Špela Gorenc Jazbec: No meu país, a Eslovênia, e em geral na Europa, essas ideias há algum tempo são bastante difundidas para bebês com problemas de desenvolvimento. Tudo começõu com Karl e Berta Bobath no início dos anos 60 quando desenvolveram esse método. Muitas outras pessoas ajudaram a difundir essas ideias. Mas eram ideias e práticas para crianças com dificuldades motoras, como paralisia cerebral. O método é chamado NDT (Neuro Development Treathment) porque essas crianças precisam de muita terapia também. Para bebês sem problemas, a terapia é desnecessária mas a forma correta de manusear o bebê é bastante útil para todos. Como não havia nada escrito para o desenvolvimento de bebês sem dificuldades, resolvi escrever e adaptei um pouco para poder ser usado por todos os bebês.

Guia do Bebê: Você tem recebido algum tipo de manifestação de fabricantes ou vendedores desses acessórios que você desaconselha?

Špela Gorenc Jazbec: Eu tentei entrar em contato com alguns fabricantes e mostrar os estudos para cooperar com eles, mas não há interesse por parte da indústria em meu livro. Eles preferem continuar com suas linhas de pensamento.

Guia do Bebê: A comunidade médica recebeu bem suas ideias?

Špela Gorenc Jazbec: No meu país, o livro é largamente aceito entre pediatras, fisioterapeutas, enfermeiras etc. Eles recomendam meu livro aos pais frequentemente e acreditam que já era hora de alguém apresentar essas ideias para todos os pais.

Guia do Bebê: Muitos dos equipamentos que você desaconselha o uso são muitos utilizados no Brasil. O que você tem a dizer para as mães que fazem uso desses acessórios?

Špela Gorenc Jazbec: Eu recomendo que todas as mães parem para pensar nas vantagens e desvantagens que o equipamento pode oferecer no desenvolvimento motor do bebê. Se tiver dúvidas, use o equipamento com o bebê e analise seus movimentos. Ou melhor ainda, imagine-se no equipamento e como se sentiria nele, se seria uma experiência ativa ou passiva. Tente sempre imaginar o movimento mais natural para o bebê. E, mais importante, não acredite em tudo o que a indústria está vendendo. Em muitos casos, eles apenas estão ganhando dinheiro em cima de você. É triste mas é verdade.

Guia do Bebê: No Brasil, temos uma instituição chamada Sociedade Brasileira de Pediatria que dá as diretrizes para os cuidados com as crianças e eles não recomendam o uso do andador pelo motivo desse equipamento oferecer riscos de acidentes. Após a proibição do andador pelo Governo do Canadá, essa recomendação ganhou força. Existe essa recomendação em seu país ou não há restrição alguma?

Špela Gorenc Jazbec: No meu país, não há nenhuma organização que proiba o andador. Mas pediatras e outros especialistas não recomendam o uso. Ainda assim, é possível comprar andadores em lojas de bebês, se a mãe quiser. É um acessório ainda muito presente em algumas famílias no meu país mas muito mais incomum do que há 20 anos.

Guia do Bebê: Aqui no Brasil há um estudo que afirma que o andador não é prejudicial ao desenvolvimento motor da criança (http://www.ufmg.br/online/arquivos/015858.shtml). Há algum estudo que você utilizou como referência para embasar a sua opinião de que eles são realmente prejudiciais?

Špela Gorenc Jazbec: É um estudo interessante, mas o desenvolvimento motor da criança é um processo único e é difícil comparar dois bebês. O único indicador verdadeiro do mal que causa o uso do andador é comparar o mesmo bebê usando e não usando o equipamento. Claro que isso seria impossível. Mais do que me apoiar em estudos, eu observo a criança. É possível medir diferentes ângulos das pernas e testar o equilíbrio da criança, mas isso não quer dizer nada se a criança não for observada como um todo. É preciso observar todo o corpo. Se a criança pode subir e descer ladeiras, passar por obstáculos, mas não apenas isso. Nesse momento, onde estão suas mãos, o posicionamento dos ombros, como estão os joelhos, a posição da pélvis – são esses fatores que dão a qualidade do andar. Com ou sem andador, todo bebê sem problemas motores vai andar sozinho em algum momento. Mas a qualidade da caminhada vem da tentativa da criança em fazer as coisas de forma livre, espontânea e sem ser forçada em um andador.

Guia do Bebê: Além do site, você tem feito algum tipo de ação, como palestras ou campanhas para divulgar suas idéias?

Špela Gorenc Jazbec: Além do site, eu ainda escrevi um manual com a forma correta de manusear o bebê e os equipamentos e acessórios apropriados (é possível comprar manual no site). Eu escrevo artigos para outros sites e ministro cursos sobre o assuntos. Dou também aulas particulares e palestras sobre o tema. Meu próximo objetivo é introduzir esse método mais natural de manusear o bebê em todo o mundo e ajudar crianças a obterem desenvolvimento motor mais ativo e com mais qualidade.

O site da publicação é:

http://baby-handling.com/eng (versão em inglês)

Esta página foi publicada em: 31/05/2011.
guiadobebe.com.br

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A PEDRINHA



















Momentos felizes, louve a Deus.
Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Cada momento, agradeça a Deus.

Confie...

As coisas acontecem na hora certa.
Exatamente quando devem acontecer!

(Não sei quem é o autor destes desenhos e texto. Recebi por email e estou repassando no meu blog. Linda mensagem! Reflitam! Bjs)

quarta-feira, 23 de março de 2011

QUARESMA: APRENDA UM JEJUM MODERNO

IMAGEM: http://francinopolispi.blogspot.com/2009/03/bandas-para-as-festas-da-semana-santa.html

Uma proposta para viver a Quaresma de maneira diferente:

Será que estamos aproveitando da vida? Será que precisamos de tudo aquilo
que temos? Será que possuimos tudo aquilo de que necessitamos? A nossa é uma
vida de quantidade ou de qualidade? Já pensamos em melhorar nossas relações
interpessoais e o nosso papel no mundo?
Eis uma provocação para começar a Quaresma com o pé direto. Da Quarta-feira
de cinzas até o domingo da Páscoa temos 40 dias de tempo para fazer uma
revisão de nossa vida e colocá-la em dia. Sei que há muita resistência em
relação à Quaresma. É considerado um tempo chato, pois é um período
associado a privações, jejuns e à penitência. O choque é muito grande porque
vem logo depois do Carnaval, onde a tendência é liberar geral. Não é fácil
substituir o colorido das fantasias pela cor apagada das cinzas, o ritmo
alegre das marchinhas com a chatice do silêncio, a irreverência do rei Momo
com a austeridade da penitência. A tentação de prolongar a farra do Carnaval
para não encarar o rigor da Quaresma é muito grande.
É justamente por isso que, inspirado num texto da Cáritas de Vicenza
(Itália), lhe sugiro este itinerário. É uma maneira diferente de encarar a
Quaresma e o jejum. O percurso que lhe proponho vai colocar em jogo sua vida
e questionar suas atitudes, mas o esforço vale a pena porque vai levá-lo a
redescobrir o sabor da vida. O objetivo é aprender a Viver e não a
sobreviver.
A Quaresma dura 40 dias. São aproximadamente sete semanas. A cada uma delas
proponho-lhe o jejum de uma atitude sua que não o ajuda nem um pouco a viver
com qualidade. Quanto mais esta atitude for enraizada tanto mais vai lhe
custar caro desistir dela. Mas o sacrifício é para ativar os sentidos e a
mente. É para se sentir vivo. É para sair da rotina, reavaliar as escolhas e
desafiar o estilo de vida fossilizado. Não lhe escondo que precisa de
coragem para se desafiar e se questionar. Mas é isso que vai lhe render um
novo sabor á vida. Vai descobrir que a Quaresma não é um período para
“estragar prazeres”, mas uma oportunidade para redescobrir o prazer de
viver. Não é tempo para “mortificar” o corpo, mas para “revivificá-lo”. É
oportunidade para valorizar outras dimensões da vida que ultimamente vêm
sendo descuidadas. O jejum é uma maneira para desistir de alguns sabores
“artificiais” e “contaminados” para que o paladar possa voltar a sentir o
gosto autêntico da vida. Não visa sacrificar os sentidos ou acabar com eles,
mas procura afiná-los. Serve para educar os olhos a enxergar em
profundidade, para sintonizar os ouvidos na onda da verdade, para levar o
tato para além das aparências, para orientar o olfato a “cheirar” a essência
da vida e para acostumar o paladar ao gosto da vida plena. Não é pouca coisa
em tempos de grandes contaminações.
A Quaresma é uma provocação, uma afronta a um estilo de vida que reduz o ser
humano às necessidades materiais, que se preocupa em encher os carrinhos das
compras no lugar de preencher a vida, que busca aperfeiçoar a aparência em
detrimento da essência, que se trincheira no estrito mundo de seus
interesses em vez de se abrir à solidariedade e à partilha. A quaresma é uma
proposta de mudança pautada no essencial. É um tempo muito precioso, uma
oportunidade única para aqueles que entendem que a busca de uma vida melhor
passa pela aproximação a Deus que é a fonte da vida.

1.O JEJUM DO MEDO DO “OUTRO”, A ABSTINÊNCIA DA INTOLERÂNCIA (de 9 a 12 de
março) Hoje nós vivemos num mundo pluralista, mas temos ainda muita
dificuldade para encarar esta realidade. Ainda não aprendemos a conviver com
as diferenças. Qualquer um com aparência mais ou menos diferente que
atravesse nosso caminho é olhado como bizarro e imediatamente excluído do
convívio. É de outra raça, de outro sexo, de outra cor, de outra religião,
de outra posição política, de outra classe social. Sua alteridade é
percebida como um incômodo. É algo que importuna. Provoca medo. Desnuda a
nossa pretensão de sermos os “únicos” e os “melhores”. Relativiza nossas
posições. Questiona nossa mesmice, que se revolta furibunda diante da
ousadia do outro que teima em ser outro e diferente. Chega até a engatilhar
reações violentas que podem levar à eliminação do diverso.
Para ver isso não precisa ir muito longe de nós. A intolerância, de forma
subtil, está minando todas as nossas relações interpessoais. Ela é evidente,
inclusive, em nossas comunidades e em nossos grupos de trabalhos, nas nossas
igrejas e em nossos movimentos. Está de moda uma re-edição da “ex-comunhão”
contra todos aqueles que não concordam com nossas crenças, nossas opções e
nosso jeito de encarar a vida. Estamos diante de uma verdadeira contradição
de nossos tempos. Se por um lado se constata, nesta época de globalização,
que as culturas e as religiões se aproximam cada vez mais, e que no coração
de todas as culturas brota um autêntico desejo de paz, por outro lado se
constatam incompreensões, existem preconceitos e mal-entendidos
profundamente enraizados, que levantam barreiras e alimentam divisões. É o
medo ao diverso, ao desconhecido.
Encarar este medo é o primeiro desafio para nosso itinerário quaresmal.
Durante a primeira semana de Quaresma queremos verificar nosso grau de
intolerância. É tempo de jejuar do medo do outros e de sentir o gosto da
acolhida fraterna e do diálogo, do conhecimento e do respeito recíprocos.
Para começo de conversa é bom lembrar logo que, apesar das diferenças,
gozamos da mesma dignidade. As diferenças não contam pontos nas graduatórias
de valor. Não existem “raças superiores”. As pessoas têm um valor intrínseco
que independe do credo religioso, da raça, da cor, do gênero, da opção
política... Este valor está intimamente ligado à sua condição humana.
Afirmada a igualdade, é necessário reconhecer a individualidade de cada ser
humano: se todos são intrinsecamente iguais, não pode haver discriminações
que excluam determinadas pessoas ou grupos do exercício de determinado
direito por terem realizado determinadas escolhas de modo de vida, como a
opção religiosa, ou possuírem determinadas características intrínsecas, como
as de gênero. Admite-se até que haja discordância diante de certas opções,
mas nada pode justificar a negação dos direitos e o recurso a posturas
agressivas, intolerantes e discriminatórias em relação a quem tem ponto de
vista diferente do nosso. O outro, apesar das diferenças, continua sendo meu
irmão.
Feitos estes esclarecimentos, é hora de fazer um levantamento dos principais
preconceitos. Cuidado com os preconceitos silenciosos que guardamos no
coração e que conseguimos disfarçar bem.
Trazemos para perto de nós as pessoas que mais discriminamos. Procuramos o
diálogo, dispondo-nos a ouvir mais as razões de suas escolhas. A derrota da
intolerância passa pelo conhecimento atencioso do outro e da acolhida
respeitosa de suas diferenças.


2. O JEJUM DO ÁLCOOL (de 13 a 19 de março) Já reparou que o álcool é
companheiro inseparável de nossos finais de semana e de nossos momentos de
lazer. Toda vez que um grupo de pessoas quer se encontrar o ponto marcado é
quase sempre a mesa de um barzinho. Pode até desistir alguém, mas o álcool
nunca pode faltar. Ele é o convidado número 1, o centro das atenções. A
conversa sempre rola com um copo na mão. Sem ele não rola nada. Com ela o
assunto desce redondinho. A coisa piora com as festas. Balada sem álcool nem
pensar. É caretice. Ele é o grande anfitrião. A lista das bebidas é mais
importante da lista dos convidados. O sucesso do evento depende delas. Os
comentários do dia seguinte não deixam dúvidas. É o álcool que manda ou
desmanda. A curtição está intimamente ligada a ele. Beber se torna mais
importante do que se encontrar. A bebida tem a melhor sobre as pessoas.
Damos mais atenção a ela do que a nós mesmos e aos outros. Bebemos sem
limites e acabamos perdendo todos os limites.
Que tal mudar isso? Na segunda semana da Quaresma queremos aprender a curtir
sem álcool. Não estou dizendo que tomar bebidas alcoólicas é pecado. Mas é
um verdadeiro pecado quando elas se tornam as protagonistas das diversões e
das baladas. Será que precisamos beber para ficarmos divertidos? Será que
alcançamos um grau de chatice que não somos mais capazes de dar conta de uma
festa sem o álcool? Porque para se divertir ou relaxar precisamos beber em
excesso? O álcool atrapalha. Não é verdade que nos torna mais desinibidos.
Ele distorce nossos sentidos. Altera nossa percepção das coisas e das
pessoas. Inclusive deixa as pessoas mais violentas e deprimidas. É muito
freqüente ver bêbado brigar, se acabar no choro ou cair num sono profundo. O
que sobra é a ressaca do dia seguinte e uma grande dor de cabeça, que pode
ser ainda maior dependendo das besteiras que fizemos na hora de encher a
cara. É hora de parar e refletir sobre isso. O excesso de consumo de álcool
é um verdadeiro problema de saúde pública. Está nos atrapalhando. Se
estivermos insatisfeitos com nossa vida e com o mundo, a melhor coisa a
fazer é ficar sóbrios para mudar a realidade. Se a festa for chata vamos
colocar para funcionar nossa criatividade para torná-la mais alegre. A vida
é melhor sem dependências.
Nessa semana nosso jejum vai ser desistir do álcool. Convidem os colegas
para sair para jogar conversa fora, mas sem levar o álcool. Na sobriedade
ativem os cinco sentidos. Deixem o paladar sentir o gosto da amizade
autêntica, o sabor das conversas descontraídas e o prazer das gargalhadas.
Aprendam a conversar de cara limpa, sem se esconder atrás de um copo de
cerveja. Inventem novas formas de curtição “ao natural”. Procurem conhecer
os outros de olhos limpos, de ouvidos atentos, sem a distorção do álcool.
Deixem a pé o álcool e vão encarando a vida sem depender dele. Se lhe der
muita corda vai virar escravo dele, como diz um famoso provérbio chinês:
“Primeiro o homem bebe um copo. Depois o copo bebe outro copo e, no final, o
copo bebe o homem”. Gole após gole a cachaça engole. Jejuar do álcool é
atitude de responsabilidade e de consideração com a própria vida e aquela
dos outros.


3. O JEJUM DO BARULHO (de 20 a 26 de março) O outro dia estava lendo no
jornal que estão aumentando assustadoramente os problemas de audição. Não
podia ser diferente. Vivemos o tempo todo imersos em sons e ruídos. Parece
que não somos mais capazes de viver sem barulho. Em casa tem sempre alguma
coisa ligada. Às vezes há mais de um aparelho eletrônico plugado ao mesmo
tempo. A TV fica ligada o dia inteiro. No carro não dá para andar sem o som
ligado. Há pessoas inclusive que montam um verdadeiro arsenal de caixas de
som no porta-malas transformando seus carros em trios elétricos. Até quem
anda a pé não consegue se desligar. É fone no ouvido o tempo todo e a todo
volume. É um barulho ensurdecedor que não deixa fazer silêncio, que impede a
escuta de si mesmo, dos outros e de Deus. Parece uma fuga de si mesmo e uma
imersão numa situação de torpor para ajudar a esquecer os problemas de cada
dia.
Nesta semana queremos aprender a fazer silêncio. Vários ditados populares
dão importância ao silêncio: “Deus nos deu uma boca e dois ouvidos para que
possamos menos falar e mais ouvir”; “Manter a boca fechada e os olhos bem
abertos”, diz uma versão italiana; “Em boca fechada não entra mosca”, dizem
os espanhóis e portugueses. Enfim, o provérbio árabe “cada palavra que tu
falas é uma espada que te ameaças” induz à prudência e ao cálculo sobre o
que, como e em que ocasião falar. De qualquer forma o silêncio é de ouro. É
importante para o nosso equilíbrio e principalmente para nos encontrarmos
com nós mesmos, com os outros e com Deus. É um exercício que nos ajuda a
refletir, a afinar o sentido da audição e a melhorar a comunicação. Por
isso, durante esta semana, façam o jejum da TV e do rádio para prestar mais
atenção a si mesmos, aos outros e a Deus. Evitem falar alto e falar pelos
cotovelos. Não assistam à televisão durante as refeições. Usem estes
momentos para dialogar com seus familiares. Substituam os programas
televisivos, sobretudo aqueles de baixo nível, com uma boa leitura. Na hora
de dialogar com os outros, ouçam com carinho, sem interromper. Dediquem mais
tempo á leitura, à meditação da Palavra de Deus e à oração.
Não dá para se encontrar com Deus na bagunça. É quanto nos revela a
experiência do Profeta Elias (1Re 19, 11-14): passou um vento impetuoso e
Deus não estava; depois houve terremotos e Deus não estava; veio o fogo e
Deus não estava, e depois “ouviu-se” o murmúrio de uma brisa leve e suave e
Deus se manifestou ao Profeta, o qual, ante a presença do Senhor, cobriu o
rosto.
O próprio Jesus quando quer rezar se afasta das multidões, se retira para um
lugar deserto e permanece em silêncio. Inclusive, insiste sobre o silêncio
quando nos ensina a necessidade da oração interior: “Tu, porém, quando
orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está
escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa. Quando
orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que
serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois o
vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes.” (cf. Mt 6, 6-8).
Buscar o silêncio na oração, portanto, é uma atitude decisiva porque que nos
leva à contemplação do rosto de Deus e das verdades eternas que são
indispensáveis para temperar a vida com os sabores da eternidade.


4.O JEJUM DA WEB (de 27 de março a 2 de abril) O saudoso Chacrinha tinha
razão: “Quem não se comunica, se trumbica”. O ser humano é por sua natureza
um ser comunicativo. Sem comunicação, ele não sobreviveria, as relações
sociais ficariam comprometidas e o mundo afundaria. Portanto, a comunicação
é vida. A humanidade sabe disso. Ao longo de sua história investiu muito no
aprimoramento dos meios de comunicação. Primeiro aprendeu a falar, depois a
escrever. Inicialmente limitou-se a comunicar por perto. Depois, com a
descoberta de outros mundos e a invenção dos meios de comunicação, foi se
conectando com o mundo todo. Hoje, através da internet, a comunicação não
conhece fronteiras. Em poucos instantes é possível se comunicar de um lado
ao outro do planeta sem nenhum esforço e a custo zero.
Porém, apesar dos sofisticados meios de comunicação que garantem contatos
rápidos e a qualquer distância, a comunicação do dia-a-dia sofre muitas
interferências e acaba falhando. Longos silêncios, dificuldades de se
expressar e de ouvir, incompreensões, linguagens diferentes são algumas das
falhas que dificultam a comunicação.
Há pessoas que passam muitas horas do dia frente a um computador navegando
pelas ondas cibernéticas, em altos papos com internautas do mundo inteiro,
mas que não trocam nem uma palavra com os membros de sua família e com os
vizinhos. Estão interconectados à distância, mas desligados dentro de casa,
no trabalho e com a vizinhança. Há alguém que diz que a internet aproxima
quem está longe e afasta quem está perto. Essa afirmação, em parte, tem
sentido. Para alguns é muito mais fácil comunicar on-line do que encarar o
outro e lidar com o desconforto de não saber para onde olhar. Preferem as
relações virtuais porque não envolvem, dispensam o contato físico, são menos
comprometedoras daquelas reais. É o paradoxo dos nossos dias: no mundo da
comunicação de massa, as pessoas não comunicam direto. A falta de
comunicação é a maior queixa, em casa, na escola, no emprego e na sociedade.
Muitos problemas que infernizam nossa vida e muitos mal entendidos, até
engraçados, podem ser debitados às falhas na comunicação.
O que podemos fazer? Nessa semana vamos viver off-line. Não estou pedindo
para desligar totalmente o computador, mas de reduzir o tempo que lhe
dedicamos usando-o somente para aquilo que é estritamente necessário na
nossa vida pessoal e profissional. O mesmo jejum cibernético pode ser pedido
para as crianças e adolescentes quanto ao uso de jogos eletrônicos. O que
lhes peço é sair do mundo das relações virtuais para encarar as relações
reais. Vamos priorizar o face-a-face, o contato físico, o cuidado. O jejum
da internet vai nos ajudar a afinar todos os sentidos, sobretudo do tato e
do olfato. Vamos voltar a sentir o prazer da presença física do outro, mesmo
se isso nos inquieta, nos questiona e nos interpela. Vamos dedicar tempo à
nossa família. Vamos voltar a brincar com nossos filhos. É muito mais
saudável bater uma bola do que ficar colado numa cadeira vidrado numa
telinha. Inclusive, o tempo que costumamos passar fechados no quarto diante
do computador seja utilizado para tocar com mão as realidades humanas,
sobretudo aquelas marcadas pelo sofrimento. Dediquemos esse tempo à prática
da solidariedade. No dia do aniversário de amigos e parentes, quando for
possível, substitua os torpedos e os e-mails com um abraço bem dado. Todos
nós estamos precisando disso para humanizar as nossas relações.


5.O JEJUM DA VIOLÊNCIA (de 3 a 9 de abril)
Alguns dias atrás o Ministério da Justiça publicou o Mapa da Violência. De
1998 a 2008 no Brasil foram assassinadas 521.822 pessoas. Cinqüenta mil
mortos por ano. O dado que assusta ainda mais é que a maioria destas vítimas
é constituída por jovens com idade entre 15 e 24 anos. É assustador. O
Brasil vive uma verdadeira guerra civil. Precisa fazer alguma coisa para
parar esta carnificina. A sociedade está apavorada, mas não consegue dar
respostas adequadas. Vive aprisionada em profundas contradições. Cria bodes
expiatórios em cujas costas joga a culpa daquilo que está acontecendo e
invoca um recrudescimento da repressão como medida necessária para
reverter o quadro. Os meios de comunicação, por sua vez, fazem da violência
um espetáculo. Não nos informam sobre as razões e riscos da violência, mas
sobre a própria violência. Não suscitam uma opinião pública, mas uma emoção
pública. “A informação a que somos submetidos faz de nós voyeurs que vêem os
outros sofrer e morrer. Já não temos qualquer distanciamento em relação ao
acontecimento que se desenrola sob os nossos olhos em tempo real. Sem ele,
já não há lugar para o pensamento” (Müller). A violência é um fenômeno
irracional que está sendo enfrentado de maneira irracional.
Para reverter este quadro precisamos começar admitindo que a violência não é
um surto, uma onda, um acidente da civilização. Ela é um fato da
civilização. Ela é paradigmática. Faz parte do paradigma dominante. Não é
episódica, algo que está acidentalmente no caminho, mas algo metódico que
perpassa todo caminho. Faz parte da modernidade. A razão moderna é violenta.
A cultura dominante de hoje se estrutura ao redor da vontade de poder que se
traduz por vontade de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos
mercados. Nas festas nacionais os heróis são ligados a acontecimentos de
guerra e de violência. Na vida do dia-a-dia o militar, o banqueiro, o
especulador, o poderoso, o experto em geral valem mais do que o poeta, o
filósofo, o santo. Nos meios de comunicação a violência é corriqueira e
banalizada. O ser humano não vale por aquele que é, mas por aquilo que
aparece, que pode e que possui. Nas relações humanas vigora a lei do mais
forte, numa concorrência eliminatória onde triunfa o poderoso. Nas relações
de trabalho há muita competitividade e nas relações comerciais impera a
concorrência desleal. Há uma inversão de valores. Nossa sociedade prefere
homens-coisas a homens-pessoas; individualistas a seres solidários;
competitivos a cooperativos; bem informados, mas pouco pensantes; clientes a
protagonistas; vingativos a misericordiosos; homo consumens a homo sapiens.

Neste contexto a vitória sobre a violência não passa pelo aumento do efetivo
policial ou pelo recrudescimento das penas, mas somente por uma profunda
conversão que leve a uma mudança de paradigmas na vida pessoal e social. À
cultura da violência e da morte precisa substituir a cultura da Paz que deve
permear todas as nossas escolhas. Não adianta invocar a paz se em casa, no
trabalho, no trânsito, na economia e nas relações interpessoais assumimos
posturas agressivas, violentas, desrespeitosas com a vida, em todas suas
manifestações, e com a dignidade dos outros. A Paz é a gente que faz. Começa
em nossa vida, em nossa casa, em nossa igreja... Chega de brigas em casa, no
condomínio, no serviço, na escola. Comprometemos em primeira pessoa a
quebrar o círculo vicioso da violência. Desarmemo-nos. Desarmemos nossa
língua evitando expressões agressivas. Despimo-nos da presunção de termos
sempre razão. Ouçamos com atenção a opinião dos outros. Tratemos com
cordialidade nossos adversários. Procuremos abrir um canal de diálogo.
Respeitemos a vida e a dignidade de cada pessoa, sem nenhum tipo de
discriminação. Pratiquemos a não-violência ativa, rejeitando a violência em
quaisquer de suas formas (física, sexual, psicológica, econômica e social),
especialmente em relação aos mais fracos e vulneráveis, como crianças e
adolescentes. “O primeiro princípio da ação não-violenta é a não-cooperação
com tudo que é humilhante” (Mahatma Gandhi). Cultivemos a generosidade,
compartilhando o tempo e os recursos materiais, a fim de terminar com o
egoísmo, a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica. “A
generosidade - o amor - é o fundamento de toda socialização porque abre um
espaço para o outro ser aceito como ele é. E, a partir daí, podermos
desfrutar sua companhia na criação do mundo comum, que é o social” (Humberto
Maturana). Defendamos a liberdade de expressão e a diversidade cultural,
privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem à
maledicência e à rejeição ao próximo: “Em um diálogo não há a tentativa de
fazer prevalecer um ponto de vista particular, mas a de ampliar a
compreensão de todos os envolvidos” (David Bohm). Redescubramos a
solidariedade, saindo da casca do individualismo e unindo-nos aos outros
para buscar o bem comum e o desenvolvimento das comunidades.


7.O JEJUM DA GASTANÇA (de 10 a 16 de abril) Camisas e vestidos de marcas
famosas no armário. Fim do salário muito antes de acabar o mês. Atração
fatal pelo Shopping. Vontade de comprar um jeans uma semana depois de ter
adquirido um novo... Se você se identificou com alguma dessas
características, pode-se dizer que está inserido no grupo de consumidores
vorazes, capaz de gastar muito dinheiro em coisas supérfluas.
O consumismo é febre mesmo. É doença grave e contagiosa. Ataca quem tem
cabeça fraca e se deixa levar pela conversa. O principal sintoma é uma
vontade louca de gastar e comprar sem necessidade. Serve-se de sofisticadas
artimanhas e de arapucas mercadológicas para conquistar e aprisionar o
consumidor inveterado. Seus efeitos são arrasadores. Se não se cuidar, o
consumidor acaba entrando numa gastança onde, ao consumir, é consumado; ao
gastar, se gasta e se desgasta.
Por trás de tudo isso tem a eterna insatisfação do ser humano. Este está
sempre em busca de algo a mais. Tem fome de felicidade. A propaganda sabe
disso e tira proveito. Com seus efeitos especiais cria água na boca dos
consumidores. Suas propostas tornam-se irrecusáveis aos paladares dos
consumidores. O resultado é sempre o mesmo: o superficial se torna
essencial, o secundário transforma-se em prioridade e o descartável é
imposto como imprescindível. O ser humano é induzido a gastar para ser
feliz. Como diz H. Fromm, para o homem moderno a felicidade consiste em
olhar as vitrines e comprar à vista ou em parcelas tudo o que pode se
permitir, independentemente se for útil ou não. É o triunfo da cultura da
casca. O ter tornou-se mais importante do ser. A aparência deixou para trás
a essência. O cara é o tal pelo dinheiro e se estiver na moda. O que manda é
o poder aquisitivo. Vale quem tem dinheiro no bolso para gastar.
Toda esta voracidade tem efeitos devastadores para o planeta e a humanidade.
O consumo desenfreado acelera o desgaste das matérias primas, a destruição
do meio ambiente e o aumento vertiginoso da miséria. Enquanto uns pouco se
dão ao luxo de desperdiçar, grandes multidões são condenadas a fome.
Uma boa parte daquilo que é produzido acaba no lixo. O planeta está se
transformando numa imensa lixeira. Os recursos hídricos arriscam de acabar
e o deserto avança em ritmo vertiginoso.
Se quisermos salvar o planeta de um desastre ecológico e boa parte da
humanidade das conseqüências da fome temos que gastar menos e tomar as
distâncias das empresas que visam somente o lucro sem se importar com o meio
ambiente e com os direitos dos trabalhadores. Em outras palavras precisamos
entrar no caminho da sobriedade e do consumo crítico.
A sobriedade é um estilo de vida que consegue distinguir entre as
necessidades reais e aquelas impostas pela propaganda e que condiciona o seu
consumo ao respeito pelo meio ambiente e ao acesso universal aos bens da
terra.
A sobriedade se sustenta sobre quatro pilares:
Reduzir: buscar o essencial, resistindo às pressões da propaganda.
Recuperar: re-utilizar tudo até que for possível usando, sobretudo material
reciclável.
Reparar: não jogar fora nada que possa ser reformado e re-utilizado.
Respeitar: tratar com carinho tudo aquilo que torna possível a vida.
Durante esta semana procuremos viver sobriamente. Compremos o estritamente
necessário. Procuremos conhecer melhor as firmas dos produtos que compramos.
Boicotemos aquelas que não têm um histórico de respeito pelos direitos dos
trabalhadores e pela natureza. Não nos deixemos levar pelas modas. A
verdadeira originalidade é o estilo da pessoa. Recuperemos os velhos
vestidos ou doamo-los a quem precisa. Desliguemos as luzes quando não há
necessidade, cuidemos do consumo da água e façamos a coleta seletiva do
lixo. Investimos o que poupamos para um projeto de solidariedade.
Não são os bens materiais que fazem feliz o ser humano. Eles podem até
ajudar, sobretudo quando satisfazem as necessidades básicas. Mas quando são
absolutizados, tiranizam as pessoas e as escravizam. Feliz é o ser humano
que busca adquirir aqueles conhecimentos morais, religiosos, profissionais e
humanos que o ajudam a cultivar o ser e a viver como gente de verdade.


8.O JEJUM DA VIDA ESTRESSADA (de 17 a 23 de abril)
“O nosso desejo despreza e descuida do que tem nas mãos, para correr atrás
daquilo que não tem” (Michel de Montaigne). É isso mesmo. A nossa sociedade
sofre de estresse. É o mal do século. O nosso dia-a-dia é uma verdadeira
loucura, um correr atrás do tempo, uma lista interminável de tarefas a
cumprir. Quem manda é a agenda. O tempo está totalmente loteado. Até as
crianças estão com a agenda lotada. Não temos mais tempo para a família,
para a igreja, para contemplar a beleza de uma paisagem, para relaxar, para
cultivar um hobby, para passear, para cheirar os perfumes das flores, para
ficar á toa... Não paramos nem diante do sofrimento e da morte. Não temos
tempo de visitar um doente ou de participar de um enterro. Parece ter uma
ordem peremptória: “Não dá para parar. O tempo é dinheiro”. No mundo
dominado pelo capital o tempo passa a ter valor na medida em que gera lucro.
Todas as atividades marcadas pela gratuidade, pela solidariedade, pela
afetividade não passam de tempo desperdiçado.
Nessa última semana, ao fazer o jejum do estresse, queremos nos apoderar do
tempo. O tempo é vida. É precioso. Daí a necessidade de sabê-lo administrar
bem. Uma das causas do estresse, de fato, é o mau uso do tempo. “O tempo
não é como as riquezas, que podem ser acumuladas para uso posterior. Quem
não administra o seu tempo joga sua vida fora, porque um dia só pode ser
vivido uma vez. Se o tempo de um dia não for usado sabiamente, não há como
aproveitá-lo no dia seguinte. Amanhã será sempre um novo dia e o hoje
perdido terá sido perdido para sempre.” (Eduardo Chaves).
O uso sábio do tempo depende dos objetivos que pretendemos alcançar e dos
valores que orientam nossas escolhas. Se o nosso alvo principal é ganhar
dinheiro, é claro que todo o nosso tempo será investido nisso. As outras
coisas serão imoladas no altar do lucro. Se, ao contrário, acreditarmos que
a vida, além das coisas materiais, é feita de espiritualidade, afetividade,
gratuidade e solidariedade, então organizaremos o nosso tempo para que haja
espaço também para estas dimensões. Jejuar do estresse, portanto, significa
sentir o gosto do tempo bem empregado para o desenvolvimento integral do ser
humano.
Por isso:

“Tire um tempo para pensar
Trova il tempo di pregare Tire um tempo para orar Trova il tempo di ridere
Dedique tempo para rir È la fonte del potere É a fonte de energia È il più
grande potere sulla Terra É a maior potência da Terra È la musica
dell'anima. É a música da alma.

Trova il tempo per giocare Tome tempo para brincar Trova il tempo per amare
ed essere amato Dedique tempo para amar e ser amado Trova il tempo di dare
Encontre tempo para dar È il segreto dell'eterna giovinezza É o segredo da
eterna juventude È il privilegio dato da Dio É o privilégio dado por Deus La
giornata è troppo corta per essere egoisti. O dia é demasiado curto para ser
egoísta.

Trova il tempo di leggere Encontre tempo para ler Trova il tempo di essere
amico Encontre tempo para ser amigo Trova il tempo di lavorare Dedique tempo
para trabalhar È la fonte della saggezza É a fonte de sabedoria È la strada
della felicità É o caminho para a felicidade È il prezzo del successo. É o
preço do sucesso.

Trova il tempo di fare la carità Encontre tempo para fazer caridade È la
chiave del Paradiso. É a chave para o paraíso.”-- Anonimo ( scheda )

Boa Quaresma para uma Feliz Páscoa de Vida Nova.

Pe. Saverio Paolillo (PE. Xavier)
Missionário Comboniano
Pastoral do Menor da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo REDE AICA –
Atendimento Integrado à Criança e ao Adolescente

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

BIG BROTHER BRASIL



imagem retirada da internet

Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 16 de janeiro de 2010.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DESTRALHE-SE

FOTO https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7-1UfIHPRcNVEnmNkqWHs4v6BjsyR3k-ukyhx3mj7evywYpriC1QScNbELCIn7JolDvlxFIYwegQU6nRwo-i0iQQPJwzr8I0CkAKE1WljgPO10fLrRD-gDhBcsLeNzqzFtex28Lg6IBZq/s1600/faxina.gif

TEXTO RETIRADO DO BLOG http://quintaldapaula.blogspot.com

Destralhar é uma palavra forte, que abrange um significado profundo. Mais do que nos livrar daquilo que não nos serve materialmente, devemos aproveitar o embalo e fazer também o "destralhe" espiritual.
Jogue fora, fora mesmo, todos aqueles sentimentos que só fazem embaçar a luz que cada um tem: raiva, ciúme, inveja, mágoa, ressentimento, arrependimento...Afinal, o ano ainda está novo, dá pra começar tudo com o pé direito!!
Aproveite o texto!!


DESTRALHE-SE"

Texto: Carlos Solano

"Bom dia, como tá a alegria"?, diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar.

-"Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou.


Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver, oito ajudam a nos manter vivos, 12 fazem a vida prosperar". Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada".


Já ouviu falar em toxinas da casa?

Pois são objetos e roupas que você não gosta ou não usa, coisas feias ou quebradas, velhas cartas, plantas mortas ou doentes, recibos, jornais e revistas antigos, remédios vencidos, meias e sapatos estragados... Ufa, que peso!


"O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca.


- "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa"!, ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa.


O 'destralhamento' é uma das formas mais rápidas de transformar a vida e pode muito bem ajudar outras terapias.




"A saúde melhora, a criatividade cresce e os relacionamentos se aprimoram", também ensina o feng shui, com a delicadeza própria das artes orientais.




Para o feng shui, é comum se sentir cansado, deprimido ou desanimado em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis nos ligando àquilo que possuímos".




Outros possíveis efeitos do acúmulo e da bagunça: sentir-se desorganizado, fracassado e limitado, aumento de peso, apego ao passado...




"No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; na entrada, restringem o fluxo da vida; empilhadas no chão, nos puxam para baixo; acima, são dores de cabeça;sob a cama, poluem o sono".




Então... Se dona Francisca falou e o feng shui concordou, nada de moleza!

-"Oito horas para trabalhar, oito para descansar, oito para se cuidar!", diz a comadre.




-E nada de limpar só por onde o padre passa...




"DESTRALHE-SE"

Perguntinhas úteis na hora de liberar os armários: Por que estou guardando isso? Será que tem a ver comigo hoje?


E aqui faço minhas as palavras do meu amigo Ricardo: se não usei nos últimos três meses, não vou usar mais mesmo. Este é um bom termômetro para se saber se estamos ajuntando coisas que nunca serão úteis. Depois, bom, pra que guardar para usar um dia se você pode comprar novo?? Um sapato, uma roupa, uma bolsa...


E vá fazendo pilhas separadas de doar, vender e jogar fora (não doe aquilo que você não usaria...)

Depois de destralhar, jogue sal grosso nos ralos.


Ponha um prato com carvão no quarto (tira os cheiros e as energias ruins).


Deixe um ramo de boldo em um copo d'água para purificar.


Para destralhar mais, livre-se de barulhos e luzes fortes, cores berrantes, odores químicos, revestimentos sintéticos, libere mágoas, pare de fumar, diminua o uso da carne, termine projetos inacabados.

"Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará. Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá", arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé.


"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria oriental.


O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.


Dona Francisca me conta que "as frutas nascem azedas e, no pé, vão ficando docinhas com o tempo". A gente deveria de ser assim, ela diz.


-"Destralhar ajuda a adocicar."


"Merecemos ter para ser", diz um mestre de feng shui. Se os sábios concordam, não sou eu que vou discordar...

"As pessoas realmente ligadas não precisam de ligação física. Quando se encontram, ou reencontram, mesmo depois de muitos anos , a amizade é tão forte quanto sempre." (Deng Ming-Dao )

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Então... 2011!!!

Imagem retirada da internet


Gente!!! Não acredito que já estamos em época de final de ano... Um dia desse a minha casa estava cheia com as comemorações de chegada de 2010!!! Caramba!!!
Esse ano é muito especial pra mim... estou começando a gostar demais do numero 11. É o numero 1 duas vezes né... deve ser por isso que ele seja tão especial...
Primeiro natal e virada de ano com a minha filha, entre outras noticias boas que estão acontecendo, muitas mudanças boas, o ano de 2011 promete!
Só tenho a agradecer tanta coisa boa que aconteceu em 2010.
Obrigada, meu Deus, por tudo! Em tudo na minha vida sei que tem as tuas mãos.
Um beijo em vocês, meninas!
Boa semana.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PAIS ANALÓGICOS E FILHOS DIGITAIS

imagem retirada da internet - http://frecuenciafundamental.blogspot.com


Como orientar crianças e adolescentes para o uso ético, seguro e legal das novas tecnologias? Com a Globalização e a inclusão digital, vivenciamos atualmente a “Revolução Digital”, em que nosso grande capital é a informação, o conhecimento, e consequentemente, o “dado eletrônico”, afinal, a Tecnologia faz parte do nosso cotidiano. Estamos cada vez mais “conectados” através de celulares, smartphones, netbooks, palmtops, Internet móvel... É cada vez maior o número de opções que nos oferecem para que possamos acessar a Web de qualquer lugar. Mas será que estamos preparados para essa nova realidade? Será que sabemos nos comportar nos novos ambientes eletrônicos? Será que as crianças e adolescentes, grandes usuários das redes sociais virtuais, utilizam a Internet de forma prudente? Para responder a essas e outras questões, precisamos compreender a mudança de cenário que tivemos: nas décadas de 80 e 90, muitos pais deixavam seus filhos frequentemente à mercê da televisão, a “babá eletrônica” da época. Hoje, o computador assumiu este papel. Os pais permitem que os filhos passem horas à frente do computador, sem fornecerem-lhes qualquer tipo de orientação sobre alguns riscos que as novas tecnologias trazem.
Porém, entre a TV dos anos 80/90 e o computador há uma grande diferença: a criança assistia passivamente aos programas televisivos, enquanto com o computador, ela interage. A Internet é essencialmente interativa! Temos as salas de bate-papo e os comunicadores instantâneos, através dos quais podemos conversar em tempo real com qualquer pessoa; os sites de relacionamento, que permitem a criação de comunidades e discussão de assuntos; as redes P2P (peer-to-peer), que possibilitam o compartilhamento de arquivos; os blogs, que permitem a publicação de conteúdo como se fossem diários pessoais; entre outros serviços, sem contar na própria navegação, através da qual o jovem internauta pode clicar em tudo o que lhe aparecer à frente... Tudo isso deixa as crianças e os adolescentes muito vulneráveis

aos crimes eletrônicos: calúnia1, difamação2, injúria3, ameaça4, pedofilia5, induzimento ao suicídio6, falsa identidade7, fraudes, etc. Além disso, temos outro fator impactante: em geral, os pais não são muito familiarizados com a Tecnologia, campo em que os mais jovens dominam muito bem, chegando até mesmo a ensinarem os mais velhos. Diante desta realidade, não há como você ser um pai analógico se o seu filho é digital! Os pais e educadores precisam entender a linguagem e o comportamento dos mais jovens, mesmo nos ambientes virtuais. Portanto, será que você, sendo pai ou mãe, conseguiria responder às seguintes perguntas?: Você sabe se seu filho está em algum site de relacionamento (Orkut, MySpace, Facebook, etc)? Sabe quem são os amigos virtuais dele e o tipo de mensagens trocadas?
1 Art. 138, Código Penal - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
2 Art. 139, Cód. Penal - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 3 Art. 140, Cód. Penal - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
4 Art. 147, Cód. Penal - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 5 Art. 241-A, Lei nº 8069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente - alterada pela Lei nº 11829/08) - Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
6 Art. 122, Cód. Penal - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
7 Art. 307, Cód. Penal - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro: Pena - detenção, de 4 (quatro) meses a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

Sabe quais são as comunidades virtuais das quais seu filho participa? Tem idéia de quais fotos seu filho coloca no álbum virtual? Sabe se seu filho tem blog, fotoblog, etc., e o que publica nesse tipo de site? Deu um celular com câmera para seu filho e alertou-o a respeito de fotografar outras pessoas? Saberia dizer se seu filho filma ou fotografa os amigos e professores e coloca as imagens em sites de vídeo ou nos álbuns virtuais? Sabe quem está na lista do comunicador instantâneo (MSN, ICQ, Google Talk, IRC, etc.) de seu filho? Você sabe quais programas seu filho utiliza? Saberia dizer se ele utiliza redes P2P (Kazaa, Emule, Gnutella, etc.) e os arquivos baixados? Tem idéia dos trabalhos escolares que seu filho faz? Sabe se ele copiou algo da Internet e entregou ao professor? Você procurou pelo seu filho na Internet? Verificou pelo nome ou apelido dele em sites de buscas, de vídeos, em redes de relacionamento? Tem idéia se seu filho compartilha a senha dos emails e outros serviços da Internet com algum colega?
Se você respondeu negativamente a alguma dessas perguntas, está na hora de fazer parte da vida digital de seu filho!
Fique atento ao que seu filho faz na Web, ao modo como utiliza os ambientes eletrônicos, converse com ele, inclusive por e-mail e comunicadores, mostre que você também domina este mundo virtual do qual ele tanto gosta. Tenho certeza de que se você orientar seu filho e passar a ser mais “digital” também, trocando até mesmo mensagens eletrônicas com ele, certamente essa atitude irá contribuir positivamente para o relacionamento entre vocês, além de diminuir os riscos de seu filho cair em alguns dos perigos que circulam pela Internet.
É importante ressaltar que nossas palavras devem ser materializadas pelo nosso exemplo. Lembrando os ensinamentos do Mestre Paulo Freire, “nossa prática não pode ser negadora do nosso discurso.”
Além da orientação no seio da família, é imprescindível destacar o papel da escola na conscientização dos alunos quanto ao uso ético, seguro e legal das novas tecnologias. Afinal, “para a maioria das crianças, é a escola que marca o início da sua atuação pública. É na escola que muitas delas vivenciam o primeiro encontro

com a sociedade e têm a oportunidade de, por meio da participação, começar a construir sua autonomia e a exercer sua cidadania.”8 A instituição de ensino tem o dever de orientar não somente seus alunos, bem como todos os educadores acerca dos perigos trazidos pelo mundo tecnológico. Como responsável pelos menores no ambiente educacional, a escola deve ensinar seus alunos a como se comportarem nos ambientes virtuais, o certo e o errado da era digital, os perigos trazidos pelo mau uso das ferramentas tecnológicas. Cabe também à instituição alertar os educadores quanto ao uso das tecnologias dentro e fora da sala de aula e sobre como repassar este conhecimento aos seus próprios alunos. Além disso, faz-se necessário que a escola também conscientize os pais, para que estes estejam sempre alertas e possam também reforçar a orientação dada aos filhos. Somente com educação, conscientização e capacitação é que poderemos transformar nossas crianças e adolescentes em verdadeiros cidadãos. Precisamos quebrar o estigma de que a Internet é um mundo sem leis e mudarmos alguns conceitos diante da nova realidade em que vivemos.

Gisele Truzzi de Lima
Advogada especialista em Direito Digital e Direito Criminal

domingo, 28 de novembro de 2010

Feliz aniversário, meu amor!!!

Meu amor, que dia especial hoje...

Todos os dias são muito especiais, mas não é todo dia que se comemora 30 anos de vida, uma vida cheia de conquistas, cheia de orgulho e bons exemplos. Sou muito grata a Deus e muito feliz em ter você como meu companheiro, meu amigo, meu amor, pai da minha filha. Que Deus te abençoe sempre e cada vez mais e mais, hoje, sempre, todos os dias. Que você continue assim, exatamente assim, tão inteligente, carinhoso, cheio de saúde, bem humorado, carinhoso, esse PAI atencioso, FILHO dedicado e MARIDO amigo e companheiro para todas as horas. Você me enche de orgulho.

Te amo! Te amo muito. Te amo pra sempre!

Cássio, Feliz aniversário e que o Santo Anjo do Senhor te proteja como vem fazendo desde quando você ainda era um plano de Deus. Que sua fé Nele nunca fraqueje.
Felicidades.

Gisleide e Giovana

Abaixo algumas fotos nossas para recordar nossos quase 6 anos de amor.









Essa é beeeem antiga!!! Formatura do Cássio em 2004. Ainda namorados...



Esperando a Giovana... 2009

Nosso Casamento Religioso, em 2009...

Beto Carreiro

Balneário camboriu





sábado, 27 de novembro de 2010

Ainda falando sobre mudanças...

recebi este artigo por email e combina bem sobre o que conversamos anteriormente...

Olhem só que sábias palavras. Bjs.



As Quatro Emoções para uma Mudança de Vida
Por Wilson Meiler • sáb, 1 de agosto de 2009



Emoções são as forças mais poderosas dentro de nós. Sob a força das emoções, os seres humanos podem desempenhar os atos mais heróicos ou mais bárbaros. Há quatro emoções básicas que podem apertar o gatilho das ações e realizações mais incríveis em sua vida. O dia em que você permitir que elas se acendam em seu interior, será o dia em que você irá transformar sua vida.


DESGOSTO: Nós sempre associamos a palavra desgosto com alguma coisa ruim. No entanto, o desgosto, se canalizado para uma ação positiva, pode mudar a vida de uma pessoa. A pessoa que chega a um profundo desgosto, chega também a um ponto de “não retorno”. Não importa qual a origem do desgosto. Está sempre misturado com sentimentos de medo, dor, humilhação, cansaço, saturação de uma determinada situação. Aquele ponto em que se diz: “para mim chega”. Chega de viver sem dinheiro. Chega de mentiras. Chega de fazer o que não gosto. BASTA DISSO!


DECISÃO – Existe uma coisa que nos afeta a todos, sem exceção: chama-se “zona de conforto”. Por isso, para tomarmos uma decisão, precisamos ser colocados contra a parede. E sempre que isso acontece, temos de lidar com as emoções conflitantes que daí se originam. É como chegarmos a uma encruzilhada com duas, três ou às vezes mais direções, e temos de tomar uma delas, menos aquela em que já estávamos. Decisões que mudam nossas vidas podem ser comparadas a uma guerra. Só que é uma guerra que se processa no menor campo de batalha do mundo. Aquele de mais ou menos 12 x 12 cm, entre nosso ouvido direito e nosso ouvido esquerdo. São exércitos conflitantes de emoções, cada qual com seu arsenal de razões, cada qual lutando por supremacia em nossa mente.



Qualquer que seja a razão para uma decisão, uma coisa é certa. Acampar na encruzilhada será a coisa mais perigosa a ser feita. Decida logo e vá em frente. É melhor tomar a decisão errada do que ficar em cima do muro esperando que a vida decida por você.



DESEJO – Há apenas duas razões pelas quais fazemos tudo na vida: ter prazer ou evitar a dor. Isso nos leva a agir. Há muitas formas pelas quais temos nossos desejos despertados. Mas uma coisa é certa. Não crie muros de proteção à sua volta, com medo de que seus desejos possam leva-los(as) a lugares inexplorados e isso possa lhe causar medo. O mesmo muro que irá protege-lo(a) dos desapontamentos, será o muro que irá evitar a luz de sol das experiências enriquecedoras da sua vida. Deixe a vida tocar sua alma. O próximo toque poderá ser aquele que transformará sua vida para melhor.



DETERMINAÇÃO – A determinação diz: “eu farei”. Nada no mundo pode resistir a um desejo humano que tomou a força da ação com determinação. O alpinista determinado a subir uma montanha, não irá intimidar-se com palavras como: muito alta, muito fria, muito rochosa, com muita neve, com muito vento, muito perigosa. É a sua montanha e ele irá buscar sua conquista. Ele apenas dirá: “ ou você irá me ver acenando do topo, ou você não irá me ver, por que eu não vou voltar. Faço, ou morro – isso é determinação.



Ao confrontar-se com tal determinação, o Destino, o Tempo ou a Circunstância com certeza irão dizer para si mesmos: “É melhor deixá-lo(a) conseguir, pois afinal ou ele(ela) chega lá ou morre, e afinal, para nós não fará muita diferença.



A melhor definição de determinação foi dada por uma menina de nove anos de Nova York, que ganhou o prêmio de melhor vendedora de biscoitos para uma campanha beneficente: “Determinação é prometer para você mesmo que nunca irá desistir”.


Pergunte para si mesmo(a) “quanto tempo eu vou trabalhar para realizar meus sonhos? A resposta certa é: “tanto tempo quanto for necessário para realizá-lo”.

Mudanças


Mudar...

Muitos têm medo de mudanças. Sabe... eu já tive muito, mas de alguns anos pra cá minha vida tem mudado a cada ano, novas experiências, nova cidade, nova casa, novo membro na família, uma nova mulher, uma nova filha, uma nova esposa... Tudo tem mudado na minha vida... Essa mesma vida que não cansa de mudar. Quando eu penso que já estou no meu cantinho, sossegada, lá vem aquela vontade imensa de querer mais, de buscar mais, de saber que podemos ser mais...

Ontem mesmo eu comentei com o meu marido que é impressionante como a nossa vida não para de mudar, há dias que eu estou com isso na minha cabeça. Ainda há pouco éramos namorados e sonhávamos em ser noivos, depois fomos morar juntos, mudamos de cidade, casamos, mudamos de cidade de novo, tivemos nossa filha... Passamos pela compra do primeiro carro, estamos em busca da nossa primeira casa e agora precisamos também escolher a primeira escolinha da nossa filha... Como as fases passam, meu Deus... Como passa!!! E se não pararmos pra agradecer a tudo isso, tudo vai passando despercebido pelos anos da vida... vamos trocando de fase a cada momento... e o tempo não pára... Ah, quem me dera que parasse para eu poder aproveitar melhor cada fase que não volta...

Mas as mudanças não param por aqui. Estou vivendo por mudanças internas surpreendentes e muito agradáveis também. Novos conceitos, momento de purificação da mente, serenidade maternal, paz espiritual, transformação que vem de dentro pra fora.

O ano de 2010 está no fim... e com ele aprendi alguns valores realmente 10. Ano de aprender com os erros e de descobrir qualidades que nem eu sabia que eu iria conquistar um dia, ano da paciência, da humildade, da coragem. Tudo na minha vida tem se transmutado em amor, o mais puro amor. E amor resolve tudo na vida de uma pessoa, não há problema que supere ao amor. Hoje tenho mais consciência de quem realmente sou, quais são minhas crenças, os meus anseios, como devo agir em relação ao outro...

Na vida há muito o que mudar! E se você não sabe por onde começar, comece pelas pequenas coisas, pequenos gestos de gentileza, um elogio para o filho, um pedido de desculpas ao companheiro, um bom dia no elevador, um muito obrigada, um por favor, um perdoe-me, um sim sem medo... Aos poucos você terá se transformado em uma nova pessoa, mais serena, centrada, otimista, cheia de esperanças e de bem com a vida, que respeita a si mesma e aos outros.

Eu comecei nesse blog dizendo que estava em busca de ser uma pessoa cada vez melhor e não tem sido diferente. Mais eu tenho cede de mais. 2011 é ano de mudanças, mudanças pra melhor. E que Ele esteja no comando sempre.

Boa sorte a todos nós.

Bjs.
Gisleide

sábado, 20 de novembro de 2010

Que saudadeeee

Giovana linda e com 8 meses já... como passa rápido!!!
Aiiimmmm que saudade do meu bloguinho lindoooo!!!
Meninas do meu coração, que saudade de vocês também, das palavras de incentivo, dos puxões de orelha (esses eu vou levar um monte com certeza), saudade de tudinho daqui!
Minha vida está uma loucura!!! Loucura!!! Loucura!!! O tempo pro computador ficou pro final da fila...
É viagem de férias pra minha terra natal querida...
É a ausência da secretaria que se foi e agora tudo é comigo...
É a Giovana que está cada dia mais sapeca e dando ainda mais trabalho rsrsrs...
É a procura insana por um apartamento pra eu me mudar...
É médico pra cima e pra baixo com a mamãe que vai passar por uma cirurgia...
Eitaaaaaaaaaa!!! Vidão cheio de coisa!!!
E a dieta? Esqueci que existe dieta na minha vida! É jacada, é melanciada, é abacatada kkkk só rindo mesmo pra não chorar... Estou comendo feito louca!
Ai meninas, não sei onde eu vou parar com esse meus quilos...
Vou indo... Só passei pra dar um sinal de vida e dizer que eu estou morrrreeeeeendo de saudade de vocês!!!
Um beijão enorme!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Se livre das tralhas

Recebi este texto por email e achei uma ótima reflexão para aqueles que gostam de guardar entulhos...

"DESTRALHE-SE"
Texto: Carlos Solano

-"-Bom dia, como tá a alegria"? Diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar.
-"-Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou.
Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar".
Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada". Já ouviu falar em toxinas da casa?
Pois são:
- objetos que você não usa,
- roupas que você não gosta ou não usa ha um ano,
- coisas feias,
- coisas quebradas, lascadas ou rachadas,
- velhas cartas, bilhetes,
- plantas mortas ou doentes,
- recibos/jornais/revistas, antigos,
- remédios vencidos,
- meias velhas, furadas,
- sapatos estragados...

Ufa, que peso! "O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca. "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa...
O 'destralhamento' é a forma mais rápidas de transformar a vida e ajuda as outras eventuais terapias. Com o destralhamento:
- A saúde melhora;
- A criatividade cresce;
- Os relacionamentos se aprimoram...

É comum se sentir cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos".
Outros possíveis efeitos do "acúmulo e da bagunça":
- sentir-se desorganizado;
- fracassado;
- limitado;
- aumento de peso;
- apegado ao passado...

No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga;Na entrada, restringem o fluxo da vida;Empilhadas no chão, nos puxam para baixo;Acima de nós, são dores de cabeça;
"Sob a cama, poluem o sono".
"Oito horas, para trabalhar;Oito horas, para descansar; Oito horas, para se cuidar."

Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se:
- Por que estou guardando isso?
- Será que tem a ver comigo hoje?
- O que vou sentir ao liberar isto?

...e vá fazendo pilhas separadas...
- Para doar!
- Para jogar fora!

Para destralhar mais:
- livre-se de barulhos,
- das luzes fortes,
- das cores berrantes,
- dos odores químicos,
- dos revestimentos sintéticos...

"Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará.. Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá", Arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé.
"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria oriental. O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.

Dona Francisca me conta que "as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo".. a gente deveria de ser assim, ela diz "Destralhar ajuda a adocicar."


“Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar ” *Dalai Lama*