quarta-feira, 28 de novembro de 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012


Um dos momentos mais esperados nas festas, é a hora da retrospectiva. Todos os convidados compartilham uma história de amor ou lembranças de uma vida inteira.


Encomende já a sua: artevideogm@gmail.com

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Dores da alma

As dores da alma não deixam recados, imprimem uma sentença que perdura pelos anos. Um amor que acabou mal resolvido... Um emprego que se perdeu inexplicavelmente...

Um casamento que mal começou e já terminou... Uma amizade que acabou com traição... Tudo vai deixando sinais, marcas profundas...

Precisamos trabalhar as dores da alma, para que sirvam apenas de aprendizado, extraindo delas a capacidade de nos fortalecermos... Aprendendo que o melhor de nós, ainda está em nós mesmos...

Que amando-nos incondicionalmente descobrimos a auto-estima... Que se deixarmos seguir o caminho da dor e da lamentação, iremos buraco abaixo no caminho da depressão. As dores da alma não saem no jornal e não viram capa de revista... E só quem sente, Pode avaliar o estrago que elas causam.

O que vale é a PREVENÇÃO... Então... Ame-se para amar e ser verdadeiramente amado. Sorria para que o mundo seja mais gentil!!! Dedique-se para que as falhas sejam pequenas...

Não se compare, você é único!

Repare nas pequenas coisas, mas cuidado com as grandes que as vezes estão bem diante do nosso nariz e não a enxergamos... Sonhe, pois o sonho é o combustível da realização. Tenha amigos e seja o melhor amigo de todos.

Sinta o seu cheiro e acredite em seu poder de sedução... Estimule-se, contagie o mundo com o seu melhor... Creia em DEUS!!! Pois sem ELE não há razão em nada!!! E tenha sempre a absoluta certeza de que, depois da forte
tempestade.

(SITE DE RIVALCIR LIBERATO)

A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma




O resfriado escorre quando o corpo não chora.

A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

O diabetes invade quando a solidão dói.

O corpo engorda quando a insatisfação aperta.

A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.

O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.

O peito aperta quando o orgulho escraviza.

A pressão sobe quando o medo aprisiona.

As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza.

A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.

O câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.

E as dores caladas?
Como falam em nosso corpo?

A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.

O caminho para a felicidade não é reto, existem curvas chamadas 
Equívocos, existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado FÉ, abundante combustível chamado Paciência.

Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado
DEUS

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Retrospectivas e FotoClips


Bom dia, amigos!
Gostaria de indicá-los este site para os interessados em retrospectivas animadas e Album digital.
É excelente!
Obrigada!

http://artevideogm.blogspot.com.br/

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ANSIEDADE NÃO TEM IDADE, MAS TEM REMÉDIO!

A ansiedade, depois da depressão (muitas vezes, pode ocorrer, concomitantemente) é um dos maiores males da sociedade contemporânea. A sociedade cosmopolita, sobretudo. A sociedade das grandes cidades e dos grandes pólos urbanos. Somos forçados a ter pressa. E nossas urgências interiores, emocionais, afetivas? Como ficam? E nossas vidas? Amores?

Ansiedade, todos nós temos, mas em graus diferentes. E em formas de apresentação, diferentes, também. Há grupos da Psicologia que até vêem a ansiedade como algo bom e fonte de grande aprendizado. Concordo, até enquanto não passar a ser fonte - também - de incômodo psico-sócio-emocional (e físico). Ansiedade se torna uma doença, quando paralisa você, quando o detém e o domina (e domina mesmo). Quando se torna tão excessiva, ao ponto de você querer fazer e não saber como (naquele momento). Vale salientar, que muitas vezes, uma pessoa - não todas - ansiosa não se (r
e)conhece assim - ficando à mercê dela e passando até a gostar daquelas sensações todas que ela provoca, sobretudo, aquele estado de vigilância ativo - não necessariamente de atividade - e/ou de mobilidade extravagante, que gera (ou já foi gerado por ele) exatamente o que o moderno mundo da tecnologia (e/ou qualquer outra «logia» que se queira pensar) empurra pra nós, todos os dias, em qualquer lugar: não se pode parar! Você e eu não podemos «parar»! Tô ficando ansiosa já. Como?

Ansiedade não escolhe classe econômica, nem nível intelectual, gênero (sexo), cor ou condição sexual (preferência ou simplesmente a forma da vivência da sua sexualidade). Ansiedade não escolhe país - nem país rico ou pobre.Todavia, enfatizando, novamente, a questão do «grau de intensidade x frequência»: a «ansiedade» num e noutro lugar, tem suas variações e os fatores são vastíssimos.

A ansiedade está se lixando se você tem outros problemas ou não; se você está de férias ou trabalhando pra «cacete». Se você é do «bem» ou do «mal». Ansiedade tem que ser tratada - de algum modo. Se há como você reverter, sem ter que se submeter à medicação, melhor. Se tá bem complicado e você não consegue e isso tem trazido sofrimento psíquico e social pra você, mudando sua rotina, e fazendo «doer» mesmo, sugiro que procure ajuda, ontem! Primeiramente: procure alguém da sua confiança, pra uma primeira conversa. «Abra o jogo» e posteriormente procure psicólogos ou assistentes sociais, na sua cidade. Procure ajuda!

Vou deixar o link do Conselho Federal de Psicologia. Pra saber melhor como se situar e onde achar os profissionais da área, que possam lhe ajudar, eles devem passar o número do Conselho Regional aí da sua cidade. Você procura se informar, a respeito de como localizar os profissionais: www.pol.org.br/.

Esse texto não é «receitinha de bolo», por favor!

A ansiedade trás pressa. Então, a trate com urgência!

- Alena
Psicóloga Clínica/Moderadora

#Psicologia DIA A DIA 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012


"Não podemos mudar as pessoas, mas podemos mudar nossa maneira de encará-las… Perder a calma é a coisa mais fácil do mundo, mas a menos proveitosa. Não resolve e estimula quem é difícil de se compreender. Perdoar e compreender suas razões, sim, nos traz serenidade, é sábio, é libertador, é terapêutico, cria espaços para alegrias, nos sentimos autênticos e assertivos".

De: Orar, Refletir e Amar

♥ CUIDADO COM AS PESSOAS DRAMÁTICAS ♥

Cuidado com as pessoas dramáticas que cultivam as desgraças e conseqüentemente colhem as desgraças. Elas gostam de curtir dramas com isso vivem na ansiedade, na aflição, no medo, etc. Estão sempre envolvidas com os dramas alheios, tomando partido e complicando a própria vida. Uma das características da pessoas de bem é a indiferença a tudo que é dramático. Por isso, são chamados de indiferentes e frios pelas pessoas vitimescas e dramáticas. Elas confundem equilíbrio emocional com frieza.

Quem é dramático já espera o pior, e essa certeza do pior faz acontecê-lo em sua vida. Vacine-se contra esse mal. Use o bom humor, aprenda a rir da vida. Discipline as suas observações. Cheque várias vezes antes e assumir uma opinião. Conte suas histórias com um certo rigor aos fatos, cuidando sempre para que você não se coloque em posição do “pobre de mim”
(Gasparetto)

De: O Anjo Interior

domingo, 3 de junho de 2012

“Deus não está preocupado com o que você fez da sua vida até hoje, ele nos ama com olhos de futuro, se você errou não tem problema, Deus vive de presente e futuro, quando a gente recebe uma palavra ofensiva a gente tem que peneirar, o que dessa palavra é verdadeira, o que eu posso melhorar a partir dela, então tudo bem eu pego isso e a partir disso mudo a minha conduta, o resto é lixo e você não é lixo, você não é lugar pra ser despejado lixo e realidades indesejadas. É assim que a gente vai vivendo com realidade, fazendo aquilo que Deus quer de nós e colocando qualidade na nossa história, na nossa vida.”




Pe. Fábio de Melo

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Só o amor não basta

"Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição
no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar!
Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata. Que nos
faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que? O amor. Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho. É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe
sexo.
Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de
durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência.
Amor, só, não basta!
Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar. Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando a longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra
cada um. Tem que haver confiança! Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, "solamente", não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!"

sábado, 17 de março de 2012

O sonho está perto

Eu e minha amiga Denise Mello nos bons tempos de cinturinha

Mas esse tal de emagrecer é dificil mesmo, sempre foi desde sempre na minha vida, mas agora tem sido muito mais penoso.
Esse mês graaaaaças a Deus e a minha boca fechada cheguei na casa dos 61Kg. Ainda não é o que eu quero, mas estou por demais feliz porque está mais perto... e isso motiva mais!
Outras coisas fantásticas aconteceram em consequencia deste número: minhas calças antigas número 38 voltaram a entrar, babydols que eu amava sairam da gaveta e vestidos longos que são minha paixão ficaram mais bem sentados... É amigas, 61 realmente é um número especial.
O segredo desses quilinhos perdidos na verdade é um conjunto de fatores.
Primeiro tranquei a boca durante a semana. O que engorda ficou para os sábados e domingos. Isso faz muuuuita diferença. Para mim é muita tortura cortar todas as delícias de uma vez na minha vida, então achei essa forma pra ser feliz mesmo na dieta.
Segundo fator é que eu estou tomando chá verde regularmente, todos os dias e muita água! O chá verde é um santo remédio pro meu intestino funionar como deve. E ajuda na eliminação de gorduras. Bom né?
E por fim, nada de ônibus, metrô e elevador! Agora faço tudo a pé e de escada! Isso mesmo, coloco o tênis no pé e qualquer coisa que eu precise fazer na rua.... vou andando! se precisar subir, vou de escada!

Amigas, não desanimem!!! Fica a minha dica e sucesso pra vcs!!!
Por aqui eu continuo tentando...

Beijos e um lindo final de semana.
Gisleide

segunda-feira, 5 de março de 2012


A VISÃO DE VERÍSIMO SOBRE O BBB12

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.

Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.


Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , ·visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Luis Fernando Veríssimo
É cronista e escritor brasileiro

quinta-feira, 1 de março de 2012



"Alivie sua alma dos males que não te edificam. Carregue apenas o que for realmente acrescentar. Distribua sorrisos, seja pronto em expressar palavras de amor, de esperança, e se não se sentir preparado para isso, seja então o silêncio sua melhor opção.Valorize a família, as amizades, a paz, os bons costumes. Saiba que Deus quer renovar a aliança conosco a todo instante, porque ele sabe que somos falhos, mas não nos condena por isso. Deus vê o nosso coração, e se lá estiver o desejo de amá-lo e se tornar um ser humano melhor, ele certamente entrará, realizará as mudanças necessárias e será seu constante companheiro... deixa Deus agir em sua vida!"

Você sabe o que é o amor?



"Eu precisei percorrer muito caminho para entender que um dos maiores tesouros da vida humana, talvez o mais precioso, é a capacidade essencial de sentir amor e saber expressá-lo. E que boa parte das confusões, das discórdias, das invejas, das doenças, das armadilhas, surge da profunda dor que causa a temporária incapacidade de descobrir onde ele está."






Desconheço o autor dessa frase, mas de fato a vida não faz o menor sentido sem o amor... sem amar...

Receita para beleza interior

– Faça várias cirurgias plásticas: uma para corrigir o nariz empinado
pelo orgulho e pela soberba; outra na correção da língua venenosa e... ardilosa e nos lábios que demarcam sua tristeza interior;
– Drenagem linfática para retirar o orgulho, a inveja e a ingratidão;
– Lipoaspiração no egoísmo, no narcisismo e na hipocrisia;
– Diversos peelings profundos na culpa e no remorso;
– Faça uma dermo esfoliação nas cicatrizes deixadas pela falta de perdão e pelo ódio, assim como no rancor envelhecido;
– Uma máscara facial para retirar as expressões de mágoas e ressentimentos, igualmente nas asperezas da insensibilidade no trato com as pessoas.
_ Depois complete com uma hidratação de sorriso e a alegria; hidrate suas mãos todos os dias com a prática da solidariedade e da caridade;
– Coloque lentes coloridas da misericórdia e da paciência, iluminando seu olhar;
– Realize um implante de entusiasmo e atitude positiva;
– Turbine sua humildade e o desinteresse por questões materiais;
– Use botox para esticar a esperança e a fé;
– Realce o cabelo com luzes da consciência tranqüila e da paz de espírito;
– Finalize com uma hidromassagem, usando sais da generosidade e pétalas da tolerância, que é bom para o coração e a alma.

Esses ingredientes não são encontrados nas melhores lojas do ramo.
Estão dentro de você!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Tapas, castigos e broncas: disciplina à moda antiga funciona?


Escrito por BabyCenter Brasil: http://brasil.babycenter.com

Seu filho respondeu pela enésima vez e essa foi a gota d'água. Não dá mais para segurar e você grita: "Já para o seu quarto!". Momentos depois, você percebe, em choque, que agiu igualzinho à sua mãe.

Isso acontece com todo mundo. É normal que, numa reação impensada, quando nossos filhos se comportam mal, a gente faça com eles o que faziam conosco quando nós próprios éramos crianças. A pergunta é: a disciplina à moda antiga ainda funciona?


Tapas, beliscões e puxões de orelha

Muitas mães já levaram tapas quando eram crianças e acabam fazendo o mesmo com os filhos. Alguns pais dizem que um tapa no bumbum ou na mão é a única coisa que funciona, quando já tentaram de tudo. Já outros são totalmente contra. Afinal, tem gente que lembra quantos tapas levou, da dor e do choro, mas não consegue recordar o motivo da surra.

Para o especialista Carl Pickhardt, autor de "The everything parent's guide to positive discipline" (algo como Guia geral da disciplina positiva para pais), tapas só mostram à criança que quem é maior pode bater em quem é mais fraco.

Sal Severe, que escreveu outro livro sobre disciplina ("How to behave so your children will, too!" -- Como se comportar para que seus filhos também se comportem), diz que crianças que levam palmadas e surras muitas vezes se sentem inseguras e têm baixa auto-estima, tornando-se tímidas ou agressivas.

Algumas sugestões para lidar com a criança sem precisar bater são:
- Deixá-la sozinha (por exemplo, colocá-la num canto por alguns minutos para "pensar na vida").
- Tirar privilégios (como um brinquedo, um passeio, o tempo de TV).
- Consertar o erro (fazê-lo reparar o que fez de errado para só então poder fazer outra atividade).


Tirando privilégios

Proibir a criança de fazer algo que ela gosta -- como assistir à TV ou brincar com os amiguinhos -- é uma tática muito usada pelos pais. A idéia de redenção -- de devolver à criança um determinado privilégio assim que ela admite que errou -- tem papel importante para os pais de hoje.

A dica é não usar essa técnica em excesso, e aplicar uma restrição que seja fácil de cumprir e de acompanhar -- como tirar brinquedos ou mandar a criança cedo para a cama --, explica Sal Severe. Procure escolher um castigo que esteja de acordo com o "crime" cometido: se seu filho ligou a TV quando você tinha dito para desligar, elimine a TV pelo resto da noite.

Cuidado para não tirar privilégios por tempo demais. Uma ou duas semanas podem parecer uma eternidade para uma criança; ela pode ficar zangada e querer se vingar. Lembre-se de que a idéia não é responder com uma "birra de adulto", e sim encorajá-la a aprender a se comportar.

Um outro jeito de resolver uma situação é incentivar a criança a consertar o que fez de errado, explica Jane Nelsen, da série "Disciplina Positiva" (editora Cultrix). Se seu filho quebrar um objeto, por exemplo, você pode tirar dinheiro do cofrinho ou da mesada dele, para pagar pelo item perdido, ou sentar com ele para colar os pedaços.

Este e muitos outros métodos que não envolvem castigos físicos demonstram respeito e são educativos.


Fazer a criança "pensar na vida"

"Vá já para o seu quarto!". Você já disse isso? Deixar a criança de castigo, em um canto, para "pensar na vida", continua a ser uma opção muito usada pelos pais de crianças a partir de 2 anos.

Outros pais preferem colocar a criança em outro lugar, como num degrau da escada ou num banquinho, e explicar por que ele tem que ficar ali: para pensar no que fez. Depois, sentam e conversam com a criança sobre o que aconteceu.

Segundo Michelle Borba, autora de "No More Misbehavin'" (mais ou menos Chega de malcriação), castigos assim são adequados quando dados na hora. Pode ser uma boa estratégia para ajudar crianças agressivas a se acalmar.

Mas isso deve ser feito de acordo com a idade, o temperamento e o grau do mau comportamento da criança. A regra mais simples para quem tem de 3 a 7 anos é: o castigo deve durar um minuto para cada ano da idade (três minutos para as crianças de 3 anos, quatro minutos para as de 4, e assim por diante).

Não se esqueça de ensinar qual teria sido o comportamento certo. Mostre de um jeito bem claro, pois às vezes a criança não sabe o que devia ter feito. Depois de deixá-la pensando no que fez, peça a ela que escreva ou desenhe o que fez de errado, ou bata um papo sobre o assunto com ela.

Crianças maiores podem escrever ou desenhar uma "promessa de melhorar", explicando como elas pretendem mudar, ou um "contrato". Vocês podem combinar juntos qual será o castigo se ela for reincidente.

Quando a criança é muito pequena, é bom preferir lugares que inspirem silêncio e tranquilidade; não há problema se houver almofadas ou bichos de pelúcia.


Cancelar ou proibir passeios

Aplicar castigos como proibir a criança de ir ao parquinho é uma técnica bastante usada pelos pais -- que provavelmente sofriam esse tipo de castigo quando eram pequenos.

Assim como tirar privilégios da criança, esse tipo de castigo funciona se a criança perde algo com que ela realmente se importa. No caso de uma criança em idade escolar, o castigo pode durar um dia e ser do tipo que a proíbe de sair de casa, a não ser para ir à aula.

Lembre-se que castigos como deixar o filho sem TV, videogame ou computador não funcionam com crianças menores de 2 ou 3 anos, porque elas ainda não associam uma coisa à outra (o erro ao castigo).

Cuidado também para não exagerar no tempo de castigo, que pode causar um efeito indesejado, como fazer a criança sentir-se perseguida ou estimular a vingança. Pense também na logística da casa. Não adianta cancelar a ida à casa da avó por causa do castigo e depois não ter com quem deixar a criança para ir a compromissos.

Para incentivar seu filho a se comportar melhor, tente o seguinte: seu filho de 6 anos está de castigo por seis dias? Para cada dia em que ele se comportar bem (defina o que é "se comportar bem", como fazer o que lhe é pedido, falar em voz baixa ou tratar bem o irmãozinho), tire um dia de castigo do final. Você pode fazer um calendário mostrando esse progresso.


Dar broncas e gritar com a criança

Se você cresceu numa casa onde todo mundo gritava e caprichava nas broncas, há boas chances de você gritar com seu filho também. Claro que levantar a voz uma vez ou outra não vai causar nenhum dano permanente, mas há especialistas que acham que gritar constantemente com a criança é tão ruim quanto bater nela.

A gente acaba gritando com o filho porque parece que ele não nos ouve, e porque estamos bravos, nervosos e não vemos outra forma de resolver a situação no momento. Mas gritar é uma das atitudes que mais fazem mães e pais se sentirem culpados.

Um lado ruim das broncas constantes e dos gritos é que o seu filho vai esperar você fazer isso para começar a achar que a coisa é séria. E ainda sente que tem o poder de irritar você. Então, seja firme mas procure não se deixe levar pela emoção, diz o especialista Carl Pickhardt.

Se achar que está prestes a perder o controle, dê um tempo ou peça a outro adulto para interferir. Recuar não significa que você está desistindo.

Outro ponto negativo dos gritos é que você passa a mensagem à criança de que está fora de controle, e ela pode até se sentir estimulada a testar você. Esforce-se para manter o tom de voz próximo do normal, firme.

Além disso, ações passam uma mensagem mais forte do que palavras ditas com voz alta. Em vez de gritar "Desligue logo essa TV!" pela terceira vez, vá até lá e desligue-a você mesmo.


Pedir desculpas

Você até quer que seu filho seja educado, mas será que um "desculpe" dito de má vontade ajuda? Ou só serve para deixar seu filho constrangido em público?

Em vez só forçar a criança a pedir desculpas, é preciso ajudá-la a entender a relação entre o mau comportamento e o pedido. Primeiro pergunte: "O que aconteceu?", e depois, "Como você acha que o Pedrinho se sentiu quando você tirou o brinquedo dele?".

Quando a criança entender as consequências de suas ações e criar uma empatia com a outra, você pode perguntar: "O que você pode dizer a ele, para ele se sentir melhor?". O ideal é que a iniciativa de pedir desculpas saia de seu filho.

Pedidos sinceros de desculpas são importantes porque envolvem duas partes vitais da disciplina: consciência e auto-correção, diz Carl Pickhardt. A criança precisa aprender a expressar o remorso verdadeiro.

Pais que se recusam a admitir erros encorajam os filhos a fazerem o mesmo. Por isso, você pode dar o exemplo a ele. Às vezes, é preciso dizer à criança: "Desculpe se fui grosso. Eu estava nervoso e não entendi o que você queria."

Se seu filho tem dificuldades em pedir desculpas verbalmente, ele pode escrever um recado, fazer um desenho um dar um presente para quem ele deve as desculpas.


"Que menina mais feia!"

A frase é quase automática quando sua filha bate no amiguinho, mas pense bem. Se você fala assim com a criança, é porque era assim que seus pais falavam com você.

Outros exemplos são: "Você não tem jeito mesmo!", ou "Que menino malcriado!". Até a ironia assusta e magoa a criança: "Que bela porcaria você sempre faz!".

Em vez de usar frases negativas assim, procure jeitos de elogiar e ressaltar as qualidades boas da criança. E, na hora do mau comportamento, critique o comportamento, não a criança. É melhor dizer "Bater é feio!" ou "Que coisa feia você fez", que "Sua feia! Não faça mais isso!".

É comum os pais nem perceberem que estão abusando das palavras. Tente dizer exatamente o que quer que seu filho faça (ou não faça), mesmo que esteja com raiva. Se ele insiste em cutucar o irmão na hora do jantar, diga "Pare de fazer isso" ou "Não incomode o seu irmão", em vez de falar "Por que você tem que ser uma peste?" ou "Por que você nunca pára quieto?".

Você é a autoridade máxima na vida do seu filho. Se você diz que ele é feio, malcomportado, agitado demais, malcriado, ele vai acreditar.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O certo e o errado

O objetivo deste texto não é questionar valores, mas refletir sobre como ensinamos os nossos filhos a construir sua forma de lidar com o mundo, já que é consenso que são os adultos que devem ensinar às crianças o que é certo e o que é errado.

Os limites são importantes para garantir a segurança física e emocional dos pequenos; no entanto, desenvolver um processo de aprendizagem eficiente sobre o que é certo e o que é errado depende do respeito pelas informações que vêm da criança.

Como adultos, é nosso papel discernir o que é experimentação e o que é desobediência. Na correria da vida cotidiana, muitas vezes os adultos perdem a paciência diante de ousadias, cujos objetivos podem ser a simples experimentação.

O resultado é que recorrem constantemente às “broncas”, que utilizadas sem explicação viram uma sequência de conflitos inócuos e a criança fica “vacinada” contra elas. É preciso observação, paciência e disponibilidade com a experimentação, pois tudo que a criança aprende por si própria serve para compreender situações semelhantes.

A “bronca” deve ser utilizada somente em situações que implicam manter sua integridade física ou de outra criança quando não há tempo para dialogar, caso não obedeça prontamente a ordens como: “Tire o dedo da tomada!” ou “não morda o amiguinho!”.

Ainda, toda ordem que damos a uma criança deve ser acompanhada de uma lógica: “Vá dormir, porque criança precisa dormir muito para crescer”. Habituar a criança ao diálogo olhos nos olhos é muito importante, pois se instaurar uma atitude diferente será difícil instalar essa via de comunicação mais tarde.

Não é preciso ficar desesperado se a criança não tiver a compreensão do que está sendo feito, mas é preciso explicar o porquê depois: “se você colocar o dedo na tomada vai se machucar” ou “se você morder seu amiguinho vai machucá-lo”.

Estas intervenções devem ser dadas de modo pontual, de forma objetiva e sempre cuidando para que a criança sinta a clareza do que foi dito, pois assim essas situações não serão traumatizantes para nenhuma das partes.

Crianças bem pequenas estão em fase imagética, na qual se alguém os olha com cara feia é porque não gosta deles, não porque está preocupado com outra coisa. Dialogar fará com que sinta o afeto e estima dos adultos e confiança na sua capacidade de avaliar e ponderar até quando for adolescente.

Além disso, não existe limite sem alternativa: não adianta dizer que a criança não pode fazer determinada coisa, se não há mais nada para ela fazer. Assim, o ideal é em vez de uma negação oferecer outra opção. Dar limites dentro deste contexto é o suficiente para resolver qualquer impasse e criar a cultura de que “obedecer é um valor”.

Ainda no que diz respeito a nossa postura em relação ao comportamento da criança, é muito comum fazer barganhas para que ela se comporte bem. Presentes como premiação ou castigos como punições remetem a valores de que a autoridade por si só não vale ou ainda que os valores materiais valem mais do que o respeito.

Se não houver paciência e respeito, pode ser que a criança seja bem comportada, porém seu bom comportamento se instalará pelo medo, não por uma consciência moral, o que não prevalecerá mais tarde, pois, em qualquer lugar do mundo, as pessoas fazem coisas erradas mesmo sabendo que poderão ser punidas severamente.

Dessa forma, sempre cabe o bom senso e a paciência para dialogar sobre o que é certo e errado com muito amor, lembrando sempre que um não pode ser entendido como um não-amor e que o ideal é que os limites com esclarecimentos sejam estabelecidos até os 7 anos de idade, pois será difícil instaurar esses procedimentos na adolescência.

TEXTO RETIRADO DE http://www.mamaeteama.com
DATA 16/06/2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Será a nova encantadora de bebês????? será???



Encantadora de bebês - Špela Gorenc Jazbec
Uma nova publicação chamou atenção do site Guia do Bebê. O manual “Correct baby handling and correct choice of appropriate equipment and accessories” (tradução: “Maneira correta de manusear o bebê e escolha apropriada de equipamentos e acessórios”), da autora Špela Gorenc Jazbec, traz algumas recomendação de como lidar com o bebê em relação aos movimentos e posturas adequadas, além de condenar o uso de alguns dispositivos que conhecemos bem.

Špela Gorenc Jazbec é formada em terapias neurológicas do desenvolvimento físico e trabalha na clínica Community Health Centre, na Eslovênia. Diariamente, ela lida com crianças com dificuldades motoras e seus pais. Devido a sua formação e experiência, ela acredita que todos os pais e seus bebês podem se beneficiar ao aprenderem a forma correta de interagir fisicamente. Notando a falta no mercado de uma fonte de informação que organizasse ideias sobre esse tema, ela recentemente lançou o manual. No livro, além de estimular os pais a agir de forma natural ao manusear o bebê para garantir a qualidade de desenvolvimento motor da criança, ela cria polêmica ao condenar o uso de acessórios caros que enchem as prateleiras de lojas infantis, como andadores e os “slings”.

Para entender melhor o conteúdo do livro e oferecer às nossas leitoras um novo olhar sobre a questão, a seguir apresentamos uma entrevista realizada com a autora.

Guia do Bebê: Quando você sentiu a necessidade de escrever sobre o tema?

Špela Gorenc Jazbec: O motivo de escrever sobre o tema foi natural porque os pais que me procuravam para fazer terapia não entendiam como ninguém havia lhes dito essas coisas antes. Eles provavelmente teriam agido de forma diferente se tivessem tido esse tipo de informação. E, com certeza, não teriam gasto dinheiro com equipamentos desnecessários. Eu também notei que muitos pais buscavam esse tipo de informação na internet, em forums de discussão – mas nem todos acreditavam porque era apenas uma coisa boca a boca. Então, eu decidi escrever a todos os pais e não apenas os que chegavam até mim em busca de terapia. Se funciona com bebês com disfunções motoras, com certeza funciona ainda melhor em bebês que não têm problemas.

Guia do Bebê: Por que você defende essas maneiras específicas de "manusear" o bebê?

Špela Gorenc Jazbec: Porque me parece a maneira mais lógica e natural. Exemplo: adultos geralmente se levantam do modo mais fácil, ou seja, deitam de lado e ajudam com as mãos apoiadas na superfície para sentar. Quase nunca adultos que estão deitados de barriga para cima se levantam direto para sentar ou ficar em pé. Então, por que usar o padrão errado com o bebê? Mas o que eu mais defendo é que bebês que são manuseados de forma apropriada ganham experiência motora que vai durar por toda a vida. Manusear seu bebê corretamente promove força muscular, conhecimento corporal e constrói base sólida para o futuro desenvolvimento motor. Dessa forma, os pais ensinam aos bebês como reagir, ser ativo, mesmo sendo manuseado, e não cria um ser passivo a espera do que acontecerá.

Guia do Bebê: Como tem sido a aceitação de suas ideias?

Špela Gorenc Jazbec: No meu país, a Eslovênia, e em geral na Europa, essas ideias há algum tempo são bastante difundidas para bebês com problemas de desenvolvimento. Tudo começõu com Karl e Berta Bobath no início dos anos 60 quando desenvolveram esse método. Muitas outras pessoas ajudaram a difundir essas ideias. Mas eram ideias e práticas para crianças com dificuldades motoras, como paralisia cerebral. O método é chamado NDT (Neuro Development Treathment) porque essas crianças precisam de muita terapia também. Para bebês sem problemas, a terapia é desnecessária mas a forma correta de manusear o bebê é bastante útil para todos. Como não havia nada escrito para o desenvolvimento de bebês sem dificuldades, resolvi escrever e adaptei um pouco para poder ser usado por todos os bebês.

Guia do Bebê: Você tem recebido algum tipo de manifestação de fabricantes ou vendedores desses acessórios que você desaconselha?

Špela Gorenc Jazbec: Eu tentei entrar em contato com alguns fabricantes e mostrar os estudos para cooperar com eles, mas não há interesse por parte da indústria em meu livro. Eles preferem continuar com suas linhas de pensamento.

Guia do Bebê: A comunidade médica recebeu bem suas ideias?

Špela Gorenc Jazbec: No meu país, o livro é largamente aceito entre pediatras, fisioterapeutas, enfermeiras etc. Eles recomendam meu livro aos pais frequentemente e acreditam que já era hora de alguém apresentar essas ideias para todos os pais.

Guia do Bebê: Muitos dos equipamentos que você desaconselha o uso são muitos utilizados no Brasil. O que você tem a dizer para as mães que fazem uso desses acessórios?

Špela Gorenc Jazbec: Eu recomendo que todas as mães parem para pensar nas vantagens e desvantagens que o equipamento pode oferecer no desenvolvimento motor do bebê. Se tiver dúvidas, use o equipamento com o bebê e analise seus movimentos. Ou melhor ainda, imagine-se no equipamento e como se sentiria nele, se seria uma experiência ativa ou passiva. Tente sempre imaginar o movimento mais natural para o bebê. E, mais importante, não acredite em tudo o que a indústria está vendendo. Em muitos casos, eles apenas estão ganhando dinheiro em cima de você. É triste mas é verdade.

Guia do Bebê: No Brasil, temos uma instituição chamada Sociedade Brasileira de Pediatria que dá as diretrizes para os cuidados com as crianças e eles não recomendam o uso do andador pelo motivo desse equipamento oferecer riscos de acidentes. Após a proibição do andador pelo Governo do Canadá, essa recomendação ganhou força. Existe essa recomendação em seu país ou não há restrição alguma?

Špela Gorenc Jazbec: No meu país, não há nenhuma organização que proiba o andador. Mas pediatras e outros especialistas não recomendam o uso. Ainda assim, é possível comprar andadores em lojas de bebês, se a mãe quiser. É um acessório ainda muito presente em algumas famílias no meu país mas muito mais incomum do que há 20 anos.

Guia do Bebê: Aqui no Brasil há um estudo que afirma que o andador não é prejudicial ao desenvolvimento motor da criança (http://www.ufmg.br/online/arquivos/015858.shtml). Há algum estudo que você utilizou como referência para embasar a sua opinião de que eles são realmente prejudiciais?

Špela Gorenc Jazbec: É um estudo interessante, mas o desenvolvimento motor da criança é um processo único e é difícil comparar dois bebês. O único indicador verdadeiro do mal que causa o uso do andador é comparar o mesmo bebê usando e não usando o equipamento. Claro que isso seria impossível. Mais do que me apoiar em estudos, eu observo a criança. É possível medir diferentes ângulos das pernas e testar o equilíbrio da criança, mas isso não quer dizer nada se a criança não for observada como um todo. É preciso observar todo o corpo. Se a criança pode subir e descer ladeiras, passar por obstáculos, mas não apenas isso. Nesse momento, onde estão suas mãos, o posicionamento dos ombros, como estão os joelhos, a posição da pélvis – são esses fatores que dão a qualidade do andar. Com ou sem andador, todo bebê sem problemas motores vai andar sozinho em algum momento. Mas a qualidade da caminhada vem da tentativa da criança em fazer as coisas de forma livre, espontânea e sem ser forçada em um andador.

Guia do Bebê: Além do site, você tem feito algum tipo de ação, como palestras ou campanhas para divulgar suas idéias?

Špela Gorenc Jazbec: Além do site, eu ainda escrevi um manual com a forma correta de manusear o bebê e os equipamentos e acessórios apropriados (é possível comprar manual no site). Eu escrevo artigos para outros sites e ministro cursos sobre o assuntos. Dou também aulas particulares e palestras sobre o tema. Meu próximo objetivo é introduzir esse método mais natural de manusear o bebê em todo o mundo e ajudar crianças a obterem desenvolvimento motor mais ativo e com mais qualidade.

O site da publicação é:

http://baby-handling.com/eng (versão em inglês)

Esta página foi publicada em: 31/05/2011.
guiadobebe.com.br

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A PEDRINHA



















Momentos felizes, louve a Deus.
Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Cada momento, agradeça a Deus.

Confie...

As coisas acontecem na hora certa.
Exatamente quando devem acontecer!

(Não sei quem é o autor destes desenhos e texto. Recebi por email e estou repassando no meu blog. Linda mensagem! Reflitam! Bjs)

quarta-feira, 23 de março de 2011

QUARESMA: APRENDA UM JEJUM MODERNO

IMAGEM: http://francinopolispi.blogspot.com/2009/03/bandas-para-as-festas-da-semana-santa.html

Uma proposta para viver a Quaresma de maneira diferente:

Será que estamos aproveitando da vida? Será que precisamos de tudo aquilo
que temos? Será que possuimos tudo aquilo de que necessitamos? A nossa é uma
vida de quantidade ou de qualidade? Já pensamos em melhorar nossas relações
interpessoais e o nosso papel no mundo?
Eis uma provocação para começar a Quaresma com o pé direto. Da Quarta-feira
de cinzas até o domingo da Páscoa temos 40 dias de tempo para fazer uma
revisão de nossa vida e colocá-la em dia. Sei que há muita resistência em
relação à Quaresma. É considerado um tempo chato, pois é um período
associado a privações, jejuns e à penitência. O choque é muito grande porque
vem logo depois do Carnaval, onde a tendência é liberar geral. Não é fácil
substituir o colorido das fantasias pela cor apagada das cinzas, o ritmo
alegre das marchinhas com a chatice do silêncio, a irreverência do rei Momo
com a austeridade da penitência. A tentação de prolongar a farra do Carnaval
para não encarar o rigor da Quaresma é muito grande.
É justamente por isso que, inspirado num texto da Cáritas de Vicenza
(Itália), lhe sugiro este itinerário. É uma maneira diferente de encarar a
Quaresma e o jejum. O percurso que lhe proponho vai colocar em jogo sua vida
e questionar suas atitudes, mas o esforço vale a pena porque vai levá-lo a
redescobrir o sabor da vida. O objetivo é aprender a Viver e não a
sobreviver.
A Quaresma dura 40 dias. São aproximadamente sete semanas. A cada uma delas
proponho-lhe o jejum de uma atitude sua que não o ajuda nem um pouco a viver
com qualidade. Quanto mais esta atitude for enraizada tanto mais vai lhe
custar caro desistir dela. Mas o sacrifício é para ativar os sentidos e a
mente. É para se sentir vivo. É para sair da rotina, reavaliar as escolhas e
desafiar o estilo de vida fossilizado. Não lhe escondo que precisa de
coragem para se desafiar e se questionar. Mas é isso que vai lhe render um
novo sabor á vida. Vai descobrir que a Quaresma não é um período para
“estragar prazeres”, mas uma oportunidade para redescobrir o prazer de
viver. Não é tempo para “mortificar” o corpo, mas para “revivificá-lo”. É
oportunidade para valorizar outras dimensões da vida que ultimamente vêm
sendo descuidadas. O jejum é uma maneira para desistir de alguns sabores
“artificiais” e “contaminados” para que o paladar possa voltar a sentir o
gosto autêntico da vida. Não visa sacrificar os sentidos ou acabar com eles,
mas procura afiná-los. Serve para educar os olhos a enxergar em
profundidade, para sintonizar os ouvidos na onda da verdade, para levar o
tato para além das aparências, para orientar o olfato a “cheirar” a essência
da vida e para acostumar o paladar ao gosto da vida plena. Não é pouca coisa
em tempos de grandes contaminações.
A Quaresma é uma provocação, uma afronta a um estilo de vida que reduz o ser
humano às necessidades materiais, que se preocupa em encher os carrinhos das
compras no lugar de preencher a vida, que busca aperfeiçoar a aparência em
detrimento da essência, que se trincheira no estrito mundo de seus
interesses em vez de se abrir à solidariedade e à partilha. A quaresma é uma
proposta de mudança pautada no essencial. É um tempo muito precioso, uma
oportunidade única para aqueles que entendem que a busca de uma vida melhor
passa pela aproximação a Deus que é a fonte da vida.

1.O JEJUM DO MEDO DO “OUTRO”, A ABSTINÊNCIA DA INTOLERÂNCIA (de 9 a 12 de
março) Hoje nós vivemos num mundo pluralista, mas temos ainda muita
dificuldade para encarar esta realidade. Ainda não aprendemos a conviver com
as diferenças. Qualquer um com aparência mais ou menos diferente que
atravesse nosso caminho é olhado como bizarro e imediatamente excluído do
convívio. É de outra raça, de outro sexo, de outra cor, de outra religião,
de outra posição política, de outra classe social. Sua alteridade é
percebida como um incômodo. É algo que importuna. Provoca medo. Desnuda a
nossa pretensão de sermos os “únicos” e os “melhores”. Relativiza nossas
posições. Questiona nossa mesmice, que se revolta furibunda diante da
ousadia do outro que teima em ser outro e diferente. Chega até a engatilhar
reações violentas que podem levar à eliminação do diverso.
Para ver isso não precisa ir muito longe de nós. A intolerância, de forma
subtil, está minando todas as nossas relações interpessoais. Ela é evidente,
inclusive, em nossas comunidades e em nossos grupos de trabalhos, nas nossas
igrejas e em nossos movimentos. Está de moda uma re-edição da “ex-comunhão”
contra todos aqueles que não concordam com nossas crenças, nossas opções e
nosso jeito de encarar a vida. Estamos diante de uma verdadeira contradição
de nossos tempos. Se por um lado se constata, nesta época de globalização,
que as culturas e as religiões se aproximam cada vez mais, e que no coração
de todas as culturas brota um autêntico desejo de paz, por outro lado se
constatam incompreensões, existem preconceitos e mal-entendidos
profundamente enraizados, que levantam barreiras e alimentam divisões. É o
medo ao diverso, ao desconhecido.
Encarar este medo é o primeiro desafio para nosso itinerário quaresmal.
Durante a primeira semana de Quaresma queremos verificar nosso grau de
intolerância. É tempo de jejuar do medo do outros e de sentir o gosto da
acolhida fraterna e do diálogo, do conhecimento e do respeito recíprocos.
Para começo de conversa é bom lembrar logo que, apesar das diferenças,
gozamos da mesma dignidade. As diferenças não contam pontos nas graduatórias
de valor. Não existem “raças superiores”. As pessoas têm um valor intrínseco
que independe do credo religioso, da raça, da cor, do gênero, da opção
política... Este valor está intimamente ligado à sua condição humana.
Afirmada a igualdade, é necessário reconhecer a individualidade de cada ser
humano: se todos são intrinsecamente iguais, não pode haver discriminações
que excluam determinadas pessoas ou grupos do exercício de determinado
direito por terem realizado determinadas escolhas de modo de vida, como a
opção religiosa, ou possuírem determinadas características intrínsecas, como
as de gênero. Admite-se até que haja discordância diante de certas opções,
mas nada pode justificar a negação dos direitos e o recurso a posturas
agressivas, intolerantes e discriminatórias em relação a quem tem ponto de
vista diferente do nosso. O outro, apesar das diferenças, continua sendo meu
irmão.
Feitos estes esclarecimentos, é hora de fazer um levantamento dos principais
preconceitos. Cuidado com os preconceitos silenciosos que guardamos no
coração e que conseguimos disfarçar bem.
Trazemos para perto de nós as pessoas que mais discriminamos. Procuramos o
diálogo, dispondo-nos a ouvir mais as razões de suas escolhas. A derrota da
intolerância passa pelo conhecimento atencioso do outro e da acolhida
respeitosa de suas diferenças.


2. O JEJUM DO ÁLCOOL (de 13 a 19 de março) Já reparou que o álcool é
companheiro inseparável de nossos finais de semana e de nossos momentos de
lazer. Toda vez que um grupo de pessoas quer se encontrar o ponto marcado é
quase sempre a mesa de um barzinho. Pode até desistir alguém, mas o álcool
nunca pode faltar. Ele é o convidado número 1, o centro das atenções. A
conversa sempre rola com um copo na mão. Sem ele não rola nada. Com ela o
assunto desce redondinho. A coisa piora com as festas. Balada sem álcool nem
pensar. É caretice. Ele é o grande anfitrião. A lista das bebidas é mais
importante da lista dos convidados. O sucesso do evento depende delas. Os
comentários do dia seguinte não deixam dúvidas. É o álcool que manda ou
desmanda. A curtição está intimamente ligada a ele. Beber se torna mais
importante do que se encontrar. A bebida tem a melhor sobre as pessoas.
Damos mais atenção a ela do que a nós mesmos e aos outros. Bebemos sem
limites e acabamos perdendo todos os limites.
Que tal mudar isso? Na segunda semana da Quaresma queremos aprender a curtir
sem álcool. Não estou dizendo que tomar bebidas alcoólicas é pecado. Mas é
um verdadeiro pecado quando elas se tornam as protagonistas das diversões e
das baladas. Será que precisamos beber para ficarmos divertidos? Será que
alcançamos um grau de chatice que não somos mais capazes de dar conta de uma
festa sem o álcool? Porque para se divertir ou relaxar precisamos beber em
excesso? O álcool atrapalha. Não é verdade que nos torna mais desinibidos.
Ele distorce nossos sentidos. Altera nossa percepção das coisas e das
pessoas. Inclusive deixa as pessoas mais violentas e deprimidas. É muito
freqüente ver bêbado brigar, se acabar no choro ou cair num sono profundo. O
que sobra é a ressaca do dia seguinte e uma grande dor de cabeça, que pode
ser ainda maior dependendo das besteiras que fizemos na hora de encher a
cara. É hora de parar e refletir sobre isso. O excesso de consumo de álcool
é um verdadeiro problema de saúde pública. Está nos atrapalhando. Se
estivermos insatisfeitos com nossa vida e com o mundo, a melhor coisa a
fazer é ficar sóbrios para mudar a realidade. Se a festa for chata vamos
colocar para funcionar nossa criatividade para torná-la mais alegre. A vida
é melhor sem dependências.
Nessa semana nosso jejum vai ser desistir do álcool. Convidem os colegas
para sair para jogar conversa fora, mas sem levar o álcool. Na sobriedade
ativem os cinco sentidos. Deixem o paladar sentir o gosto da amizade
autêntica, o sabor das conversas descontraídas e o prazer das gargalhadas.
Aprendam a conversar de cara limpa, sem se esconder atrás de um copo de
cerveja. Inventem novas formas de curtição “ao natural”. Procurem conhecer
os outros de olhos limpos, de ouvidos atentos, sem a distorção do álcool.
Deixem a pé o álcool e vão encarando a vida sem depender dele. Se lhe der
muita corda vai virar escravo dele, como diz um famoso provérbio chinês:
“Primeiro o homem bebe um copo. Depois o copo bebe outro copo e, no final, o
copo bebe o homem”. Gole após gole a cachaça engole. Jejuar do álcool é
atitude de responsabilidade e de consideração com a própria vida e aquela
dos outros.


3. O JEJUM DO BARULHO (de 20 a 26 de março) O outro dia estava lendo no
jornal que estão aumentando assustadoramente os problemas de audição. Não
podia ser diferente. Vivemos o tempo todo imersos em sons e ruídos. Parece
que não somos mais capazes de viver sem barulho. Em casa tem sempre alguma
coisa ligada. Às vezes há mais de um aparelho eletrônico plugado ao mesmo
tempo. A TV fica ligada o dia inteiro. No carro não dá para andar sem o som
ligado. Há pessoas inclusive que montam um verdadeiro arsenal de caixas de
som no porta-malas transformando seus carros em trios elétricos. Até quem
anda a pé não consegue se desligar. É fone no ouvido o tempo todo e a todo
volume. É um barulho ensurdecedor que não deixa fazer silêncio, que impede a
escuta de si mesmo, dos outros e de Deus. Parece uma fuga de si mesmo e uma
imersão numa situação de torpor para ajudar a esquecer os problemas de cada
dia.
Nesta semana queremos aprender a fazer silêncio. Vários ditados populares
dão importância ao silêncio: “Deus nos deu uma boca e dois ouvidos para que
possamos menos falar e mais ouvir”; “Manter a boca fechada e os olhos bem
abertos”, diz uma versão italiana; “Em boca fechada não entra mosca”, dizem
os espanhóis e portugueses. Enfim, o provérbio árabe “cada palavra que tu
falas é uma espada que te ameaças” induz à prudência e ao cálculo sobre o
que, como e em que ocasião falar. De qualquer forma o silêncio é de ouro. É
importante para o nosso equilíbrio e principalmente para nos encontrarmos
com nós mesmos, com os outros e com Deus. É um exercício que nos ajuda a
refletir, a afinar o sentido da audição e a melhorar a comunicação. Por
isso, durante esta semana, façam o jejum da TV e do rádio para prestar mais
atenção a si mesmos, aos outros e a Deus. Evitem falar alto e falar pelos
cotovelos. Não assistam à televisão durante as refeições. Usem estes
momentos para dialogar com seus familiares. Substituam os programas
televisivos, sobretudo aqueles de baixo nível, com uma boa leitura. Na hora
de dialogar com os outros, ouçam com carinho, sem interromper. Dediquem mais
tempo á leitura, à meditação da Palavra de Deus e à oração.
Não dá para se encontrar com Deus na bagunça. É quanto nos revela a
experiência do Profeta Elias (1Re 19, 11-14): passou um vento impetuoso e
Deus não estava; depois houve terremotos e Deus não estava; veio o fogo e
Deus não estava, e depois “ouviu-se” o murmúrio de uma brisa leve e suave e
Deus se manifestou ao Profeta, o qual, ante a presença do Senhor, cobriu o
rosto.
O próprio Jesus quando quer rezar se afasta das multidões, se retira para um
lugar deserto e permanece em silêncio. Inclusive, insiste sobre o silêncio
quando nos ensina a necessidade da oração interior: “Tu, porém, quando
orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está
escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa. Quando
orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que
serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois o
vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes.” (cf. Mt 6, 6-8).
Buscar o silêncio na oração, portanto, é uma atitude decisiva porque que nos
leva à contemplação do rosto de Deus e das verdades eternas que são
indispensáveis para temperar a vida com os sabores da eternidade.


4.O JEJUM DA WEB (de 27 de março a 2 de abril) O saudoso Chacrinha tinha
razão: “Quem não se comunica, se trumbica”. O ser humano é por sua natureza
um ser comunicativo. Sem comunicação, ele não sobreviveria, as relações
sociais ficariam comprometidas e o mundo afundaria. Portanto, a comunicação
é vida. A humanidade sabe disso. Ao longo de sua história investiu muito no
aprimoramento dos meios de comunicação. Primeiro aprendeu a falar, depois a
escrever. Inicialmente limitou-se a comunicar por perto. Depois, com a
descoberta de outros mundos e a invenção dos meios de comunicação, foi se
conectando com o mundo todo. Hoje, através da internet, a comunicação não
conhece fronteiras. Em poucos instantes é possível se comunicar de um lado
ao outro do planeta sem nenhum esforço e a custo zero.
Porém, apesar dos sofisticados meios de comunicação que garantem contatos
rápidos e a qualquer distância, a comunicação do dia-a-dia sofre muitas
interferências e acaba falhando. Longos silêncios, dificuldades de se
expressar e de ouvir, incompreensões, linguagens diferentes são algumas das
falhas que dificultam a comunicação.
Há pessoas que passam muitas horas do dia frente a um computador navegando
pelas ondas cibernéticas, em altos papos com internautas do mundo inteiro,
mas que não trocam nem uma palavra com os membros de sua família e com os
vizinhos. Estão interconectados à distância, mas desligados dentro de casa,
no trabalho e com a vizinhança. Há alguém que diz que a internet aproxima
quem está longe e afasta quem está perto. Essa afirmação, em parte, tem
sentido. Para alguns é muito mais fácil comunicar on-line do que encarar o
outro e lidar com o desconforto de não saber para onde olhar. Preferem as
relações virtuais porque não envolvem, dispensam o contato físico, são menos
comprometedoras daquelas reais. É o paradoxo dos nossos dias: no mundo da
comunicação de massa, as pessoas não comunicam direto. A falta de
comunicação é a maior queixa, em casa, na escola, no emprego e na sociedade.
Muitos problemas que infernizam nossa vida e muitos mal entendidos, até
engraçados, podem ser debitados às falhas na comunicação.
O que podemos fazer? Nessa semana vamos viver off-line. Não estou pedindo
para desligar totalmente o computador, mas de reduzir o tempo que lhe
dedicamos usando-o somente para aquilo que é estritamente necessário na
nossa vida pessoal e profissional. O mesmo jejum cibernético pode ser pedido
para as crianças e adolescentes quanto ao uso de jogos eletrônicos. O que
lhes peço é sair do mundo das relações virtuais para encarar as relações
reais. Vamos priorizar o face-a-face, o contato físico, o cuidado. O jejum
da internet vai nos ajudar a afinar todos os sentidos, sobretudo do tato e
do olfato. Vamos voltar a sentir o prazer da presença física do outro, mesmo
se isso nos inquieta, nos questiona e nos interpela. Vamos dedicar tempo à
nossa família. Vamos voltar a brincar com nossos filhos. É muito mais
saudável bater uma bola do que ficar colado numa cadeira vidrado numa
telinha. Inclusive, o tempo que costumamos passar fechados no quarto diante
do computador seja utilizado para tocar com mão as realidades humanas,
sobretudo aquelas marcadas pelo sofrimento. Dediquemos esse tempo à prática
da solidariedade. No dia do aniversário de amigos e parentes, quando for
possível, substitua os torpedos e os e-mails com um abraço bem dado. Todos
nós estamos precisando disso para humanizar as nossas relações.


5.O JEJUM DA VIOLÊNCIA (de 3 a 9 de abril)
Alguns dias atrás o Ministério da Justiça publicou o Mapa da Violência. De
1998 a 2008 no Brasil foram assassinadas 521.822 pessoas. Cinqüenta mil
mortos por ano. O dado que assusta ainda mais é que a maioria destas vítimas
é constituída por jovens com idade entre 15 e 24 anos. É assustador. O
Brasil vive uma verdadeira guerra civil. Precisa fazer alguma coisa para
parar esta carnificina. A sociedade está apavorada, mas não consegue dar
respostas adequadas. Vive aprisionada em profundas contradições. Cria bodes
expiatórios em cujas costas joga a culpa daquilo que está acontecendo e
invoca um recrudescimento da repressão como medida necessária para
reverter o quadro. Os meios de comunicação, por sua vez, fazem da violência
um espetáculo. Não nos informam sobre as razões e riscos da violência, mas
sobre a própria violência. Não suscitam uma opinião pública, mas uma emoção
pública. “A informação a que somos submetidos faz de nós voyeurs que vêem os
outros sofrer e morrer. Já não temos qualquer distanciamento em relação ao
acontecimento que se desenrola sob os nossos olhos em tempo real. Sem ele,
já não há lugar para o pensamento” (Müller). A violência é um fenômeno
irracional que está sendo enfrentado de maneira irracional.
Para reverter este quadro precisamos começar admitindo que a violência não é
um surto, uma onda, um acidente da civilização. Ela é um fato da
civilização. Ela é paradigmática. Faz parte do paradigma dominante. Não é
episódica, algo que está acidentalmente no caminho, mas algo metódico que
perpassa todo caminho. Faz parte da modernidade. A razão moderna é violenta.
A cultura dominante de hoje se estrutura ao redor da vontade de poder que se
traduz por vontade de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos
mercados. Nas festas nacionais os heróis são ligados a acontecimentos de
guerra e de violência. Na vida do dia-a-dia o militar, o banqueiro, o
especulador, o poderoso, o experto em geral valem mais do que o poeta, o
filósofo, o santo. Nos meios de comunicação a violência é corriqueira e
banalizada. O ser humano não vale por aquele que é, mas por aquilo que
aparece, que pode e que possui. Nas relações humanas vigora a lei do mais
forte, numa concorrência eliminatória onde triunfa o poderoso. Nas relações
de trabalho há muita competitividade e nas relações comerciais impera a
concorrência desleal. Há uma inversão de valores. Nossa sociedade prefere
homens-coisas a homens-pessoas; individualistas a seres solidários;
competitivos a cooperativos; bem informados, mas pouco pensantes; clientes a
protagonistas; vingativos a misericordiosos; homo consumens a homo sapiens.

Neste contexto a vitória sobre a violência não passa pelo aumento do efetivo
policial ou pelo recrudescimento das penas, mas somente por uma profunda
conversão que leve a uma mudança de paradigmas na vida pessoal e social. À
cultura da violência e da morte precisa substituir a cultura da Paz que deve
permear todas as nossas escolhas. Não adianta invocar a paz se em casa, no
trabalho, no trânsito, na economia e nas relações interpessoais assumimos
posturas agressivas, violentas, desrespeitosas com a vida, em todas suas
manifestações, e com a dignidade dos outros. A Paz é a gente que faz. Começa
em nossa vida, em nossa casa, em nossa igreja... Chega de brigas em casa, no
condomínio, no serviço, na escola. Comprometemos em primeira pessoa a
quebrar o círculo vicioso da violência. Desarmemo-nos. Desarmemos nossa
língua evitando expressões agressivas. Despimo-nos da presunção de termos
sempre razão. Ouçamos com atenção a opinião dos outros. Tratemos com
cordialidade nossos adversários. Procuremos abrir um canal de diálogo.
Respeitemos a vida e a dignidade de cada pessoa, sem nenhum tipo de
discriminação. Pratiquemos a não-violência ativa, rejeitando a violência em
quaisquer de suas formas (física, sexual, psicológica, econômica e social),
especialmente em relação aos mais fracos e vulneráveis, como crianças e
adolescentes. “O primeiro princípio da ação não-violenta é a não-cooperação
com tudo que é humilhante” (Mahatma Gandhi). Cultivemos a generosidade,
compartilhando o tempo e os recursos materiais, a fim de terminar com o
egoísmo, a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica. “A
generosidade - o amor - é o fundamento de toda socialização porque abre um
espaço para o outro ser aceito como ele é. E, a partir daí, podermos
desfrutar sua companhia na criação do mundo comum, que é o social” (Humberto
Maturana). Defendamos a liberdade de expressão e a diversidade cultural,
privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem à
maledicência e à rejeição ao próximo: “Em um diálogo não há a tentativa de
fazer prevalecer um ponto de vista particular, mas a de ampliar a
compreensão de todos os envolvidos” (David Bohm). Redescubramos a
solidariedade, saindo da casca do individualismo e unindo-nos aos outros
para buscar o bem comum e o desenvolvimento das comunidades.


7.O JEJUM DA GASTANÇA (de 10 a 16 de abril) Camisas e vestidos de marcas
famosas no armário. Fim do salário muito antes de acabar o mês. Atração
fatal pelo Shopping. Vontade de comprar um jeans uma semana depois de ter
adquirido um novo... Se você se identificou com alguma dessas
características, pode-se dizer que está inserido no grupo de consumidores
vorazes, capaz de gastar muito dinheiro em coisas supérfluas.
O consumismo é febre mesmo. É doença grave e contagiosa. Ataca quem tem
cabeça fraca e se deixa levar pela conversa. O principal sintoma é uma
vontade louca de gastar e comprar sem necessidade. Serve-se de sofisticadas
artimanhas e de arapucas mercadológicas para conquistar e aprisionar o
consumidor inveterado. Seus efeitos são arrasadores. Se não se cuidar, o
consumidor acaba entrando numa gastança onde, ao consumir, é consumado; ao
gastar, se gasta e se desgasta.
Por trás de tudo isso tem a eterna insatisfação do ser humano. Este está
sempre em busca de algo a mais. Tem fome de felicidade. A propaganda sabe
disso e tira proveito. Com seus efeitos especiais cria água na boca dos
consumidores. Suas propostas tornam-se irrecusáveis aos paladares dos
consumidores. O resultado é sempre o mesmo: o superficial se torna
essencial, o secundário transforma-se em prioridade e o descartável é
imposto como imprescindível. O ser humano é induzido a gastar para ser
feliz. Como diz H. Fromm, para o homem moderno a felicidade consiste em
olhar as vitrines e comprar à vista ou em parcelas tudo o que pode se
permitir, independentemente se for útil ou não. É o triunfo da cultura da
casca. O ter tornou-se mais importante do ser. A aparência deixou para trás
a essência. O cara é o tal pelo dinheiro e se estiver na moda. O que manda é
o poder aquisitivo. Vale quem tem dinheiro no bolso para gastar.
Toda esta voracidade tem efeitos devastadores para o planeta e a humanidade.
O consumo desenfreado acelera o desgaste das matérias primas, a destruição
do meio ambiente e o aumento vertiginoso da miséria. Enquanto uns pouco se
dão ao luxo de desperdiçar, grandes multidões são condenadas a fome.
Uma boa parte daquilo que é produzido acaba no lixo. O planeta está se
transformando numa imensa lixeira. Os recursos hídricos arriscam de acabar
e o deserto avança em ritmo vertiginoso.
Se quisermos salvar o planeta de um desastre ecológico e boa parte da
humanidade das conseqüências da fome temos que gastar menos e tomar as
distâncias das empresas que visam somente o lucro sem se importar com o meio
ambiente e com os direitos dos trabalhadores. Em outras palavras precisamos
entrar no caminho da sobriedade e do consumo crítico.
A sobriedade é um estilo de vida que consegue distinguir entre as
necessidades reais e aquelas impostas pela propaganda e que condiciona o seu
consumo ao respeito pelo meio ambiente e ao acesso universal aos bens da
terra.
A sobriedade se sustenta sobre quatro pilares:
Reduzir: buscar o essencial, resistindo às pressões da propaganda.
Recuperar: re-utilizar tudo até que for possível usando, sobretudo material
reciclável.
Reparar: não jogar fora nada que possa ser reformado e re-utilizado.
Respeitar: tratar com carinho tudo aquilo que torna possível a vida.
Durante esta semana procuremos viver sobriamente. Compremos o estritamente
necessário. Procuremos conhecer melhor as firmas dos produtos que compramos.
Boicotemos aquelas que não têm um histórico de respeito pelos direitos dos
trabalhadores e pela natureza. Não nos deixemos levar pelas modas. A
verdadeira originalidade é o estilo da pessoa. Recuperemos os velhos
vestidos ou doamo-los a quem precisa. Desliguemos as luzes quando não há
necessidade, cuidemos do consumo da água e façamos a coleta seletiva do
lixo. Investimos o que poupamos para um projeto de solidariedade.
Não são os bens materiais que fazem feliz o ser humano. Eles podem até
ajudar, sobretudo quando satisfazem as necessidades básicas. Mas quando são
absolutizados, tiranizam as pessoas e as escravizam. Feliz é o ser humano
que busca adquirir aqueles conhecimentos morais, religiosos, profissionais e
humanos que o ajudam a cultivar o ser e a viver como gente de verdade.


8.O JEJUM DA VIDA ESTRESSADA (de 17 a 23 de abril)
“O nosso desejo despreza e descuida do que tem nas mãos, para correr atrás
daquilo que não tem” (Michel de Montaigne). É isso mesmo. A nossa sociedade
sofre de estresse. É o mal do século. O nosso dia-a-dia é uma verdadeira
loucura, um correr atrás do tempo, uma lista interminável de tarefas a
cumprir. Quem manda é a agenda. O tempo está totalmente loteado. Até as
crianças estão com a agenda lotada. Não temos mais tempo para a família,
para a igreja, para contemplar a beleza de uma paisagem, para relaxar, para
cultivar um hobby, para passear, para cheirar os perfumes das flores, para
ficar á toa... Não paramos nem diante do sofrimento e da morte. Não temos
tempo de visitar um doente ou de participar de um enterro. Parece ter uma
ordem peremptória: “Não dá para parar. O tempo é dinheiro”. No mundo
dominado pelo capital o tempo passa a ter valor na medida em que gera lucro.
Todas as atividades marcadas pela gratuidade, pela solidariedade, pela
afetividade não passam de tempo desperdiçado.
Nessa última semana, ao fazer o jejum do estresse, queremos nos apoderar do
tempo. O tempo é vida. É precioso. Daí a necessidade de sabê-lo administrar
bem. Uma das causas do estresse, de fato, é o mau uso do tempo. “O tempo
não é como as riquezas, que podem ser acumuladas para uso posterior. Quem
não administra o seu tempo joga sua vida fora, porque um dia só pode ser
vivido uma vez. Se o tempo de um dia não for usado sabiamente, não há como
aproveitá-lo no dia seguinte. Amanhã será sempre um novo dia e o hoje
perdido terá sido perdido para sempre.” (Eduardo Chaves).
O uso sábio do tempo depende dos objetivos que pretendemos alcançar e dos
valores que orientam nossas escolhas. Se o nosso alvo principal é ganhar
dinheiro, é claro que todo o nosso tempo será investido nisso. As outras
coisas serão imoladas no altar do lucro. Se, ao contrário, acreditarmos que
a vida, além das coisas materiais, é feita de espiritualidade, afetividade,
gratuidade e solidariedade, então organizaremos o nosso tempo para que haja
espaço também para estas dimensões. Jejuar do estresse, portanto, significa
sentir o gosto do tempo bem empregado para o desenvolvimento integral do ser
humano.
Por isso:

“Tire um tempo para pensar
Trova il tempo di pregare Tire um tempo para orar Trova il tempo di ridere
Dedique tempo para rir È la fonte del potere É a fonte de energia È il più
grande potere sulla Terra É a maior potência da Terra È la musica
dell'anima. É a música da alma.

Trova il tempo per giocare Tome tempo para brincar Trova il tempo per amare
ed essere amato Dedique tempo para amar e ser amado Trova il tempo di dare
Encontre tempo para dar È il segreto dell'eterna giovinezza É o segredo da
eterna juventude È il privilegio dato da Dio É o privilégio dado por Deus La
giornata è troppo corta per essere egoisti. O dia é demasiado curto para ser
egoísta.

Trova il tempo di leggere Encontre tempo para ler Trova il tempo di essere
amico Encontre tempo para ser amigo Trova il tempo di lavorare Dedique tempo
para trabalhar È la fonte della saggezza É a fonte de sabedoria È la strada
della felicità É o caminho para a felicidade È il prezzo del successo. É o
preço do sucesso.

Trova il tempo di fare la carità Encontre tempo para fazer caridade È la
chiave del Paradiso. É a chave para o paraíso.”-- Anonimo ( scheda )

Boa Quaresma para uma Feliz Páscoa de Vida Nova.

Pe. Saverio Paolillo (PE. Xavier)
Missionário Comboniano
Pastoral do Menor da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo REDE AICA –
Atendimento Integrado à Criança e ao Adolescente