quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Assunto da vez: Tetraplegia


Um dos assuntos em alta atualmente é a tetraplegia. O tema está ficando mais popular devido à repercussão dada a novela das 21h, da rede globo, em que uma jovem de classe alta, após um acidente, fica tetraplégica.

É, meus caros... as “piores” coisas também acontecem nas "melhores" famílias...
Você sabia que a maioria dos casos de lesões medulares é resultado da violência urbana como assaltos, acidentes de trânsito, quedas de laje, mergulhos em águas rasas ou acidentes domésticos com crianças, jovens e adultos que, do dia para a noite, vêem sua vida se transformar?


E se fosse com você? O que você faria? Você está preparado para encarar esta barra? Você está preparado para encarar o preconceito? A exclusão social? A limitação? Como se vê, você também não está longe dessa realidade...

Até eu me formar na faculdade eu ainda possuía uma barreira entre o portador de necessidades especiais e eu... Talvez por não saber como lidar com essas pessoas... não sei... Mas em um semestre intenso de grandes conhecimentos (o nome da disciplina era Inclusão Social, ministrada pela saudosa e querida professora Tatiana), aprendi na teoria e na prática que as pessoas especiais realmente não poderiam ser chamadas de outro nome se não ESPECIAIS! Lidei com crianças autistas, com síndrome de down, cadeirantes, cegos, surdos, etc. e acreditem: eles são mais felizes e mais capazes que nós, ditos “normais”.

Muitas vezes a deficiência é relacionada a incompetência. O negro é menos humano que o branco. A pessoa com limitações mentais é retardada. O gay é não é gente. E por aí vai...

O preconceito é grande! A infraestrutura nas ruas para essas pessoas são precárias. Mas deficiente mesmo é a educação nas escolas que não se procuram em vencer essa barreira junto com as crianças. Os bons exemplos em casa, com a família, também são quase que inexistentes. Isso impacta diretamente na exclusão dessas pessoas especiais, que se isolam do mundo não adaptado a recebê-las.

Espero que o autor da novela, Manoel Carlos, aproveite esta incrível ferramenta que tem em mãos para nos passar informação, exemplo de superação e quem sabe a quebra de preconceito.

"Que mundo é esse em que vivemos....onde é mais fácil quebrar o núcleo de um átomo do que um preconceito" (Disse o sábio Albert Einstein).


Inclusão social já! Vista essa camisa e se livre do preconceito!

No próximo post vou falar um pouquinho sobre a cegueira que também está em grande evidencia na novela das 19h, Caras e Bocas. A Anita, nome da personagem com deficiência visual, está representando muito bem essa realidade.

Bjs especiais em todos...

Um comentário:

  1. olá Gisleide!!
    Estou à procura de fontes sobre a tetraplegia e acabei encontando o seu blog...
    Obrigada pelas informações fornecidas permeadas pelo seu modo de refletir a realidade em torno desse trauma...
    Estou pensando em escrever um texto para o meu blog sobre esse tema.
    Tenho uma amiga que é estudante de fisioterapia e realiza trabalho voluntário com um jovem rapaz tetraplegico e ela me deu a sugestão de abordar esse assunto...

    bjs e parabéns pelo texto!!!

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