Para iniciar a conversa...
Uma piadinha de mau gosto para refletir...
Bom...
Como prometido... eu aqui de novo. Agora pra falar de outro assunto em alta na rede globo: a deficiência visual.
Muitas pessoas sequer conhecem um cego, mas vivem tirando conclusões precipitadas e preconceituosas a respeito, julgando-os até como “coitados”. Isso acontece porque muita gente não entende que o ser humanos que possui algumas limitações são capazes, sim, de exercer um papel digno na sociedade, que podem trabalhar, estudar, praticar esportes, casar, ter filhos, etc. como qualquer outra pessoa dita “normal”. Inclusive, quando uma pessoa cega se casa, é comum observar espanto por parte das pessoas em geral, muitas vezes até por parte da própria família. E quando vem os filhos? O espanto ainda é maior.
Esta realidade é muito bem repassada na novela Caras e Bocas, as 19h na rede globo. A personagem Anita teve o preconceito da própria família quando recebeu o pedido de casamento do seu namorado, este que teve que provar pra família da moça que estava se casando por amor, independente se Anita é ou não cega. Anita casou, e agora a novela está mostrando mais uma barreira de preconceitos, que é a chegada do filho do casal.
Meus caros, tenham como lição o seguinte: é necessário conhecer antes de julgar a capacidade de qualquer pessoa!
Ao invés de julgar, aprenda a lidar com os deficientes visuais. Saiba como:
1º) Lembre-se que a pessoa cega apenas não vê com os olhos, mas dispõe de todas as demais capacidades e sentidos, muitas vezes ainda mais desenvolvidos. Por isso fale com ela e trate-a com naturalidade;
2º) Disponibilize-se a ajudá-la caso a o solicite ou demonstre grandes dificuldades;
3º) Não a agarre pelo braço ou pela bengala, mas disponibilize o seu ante braço caso a queira ajudar a conduzir. O próprio cego segurará pelo seu ombro sem que você faça isso por ele;
4º) Sempre que se aproximar um degrau ou declive mais acentuado, faça uma breve pausa para que a pessoa cega aperceba, ela entenderá que a pausa trata-se de um obstáculo;
5º) Ao aproximar do deficiente visual, mantenha sempre a sua fala para que o cego o identifique e o localize melhor;
6º) Não inferiorize nem lastime a pessoa cega, mas sim procure valorizar o seu trabalho
e as suas capacidades;
7º) Não evite utilizar o verbo ver quando dialoga com um deficiente visual, pois ele também vê, embora de uma forma diferente;
8º) Quando cruzar com uma pessoa cega das suas relações, cumprimente-a, pois ela não pode tomar essa iniciativa;
9º) Em grupo, sempre que seja possível, evite promover atividades em que o deficiente visual não possa participar;
10º) Quando se ausentar diga que o vai fazer, caso contrário o cego pode ficar a falar sozinho;
11º) No café ou no restaurante ao dirigirem-se para uma mesa, coloque a mão da pessoa cega nas costas da cadeira onde se deve sentar, para que ele se possa orientar melhor.
12º) Não fique constrangido ao falar de cegueira perto de um cego, pois eles são muito bem resolvidos e não possuem preconceito consigo mesmos, mas não faça piadas de mal gosto e depreciativas.
“Preconceitos inofensivos não existem, todos os preconceitos machucam. Devemos estar atentos permanentemente: filmes de cinema, novelas de TV, reportagens em todos os meios de comunicação. E denunciar o cometimento de ações preconceituosas e discriminatórias. Mas também ensinar, educar o público, mostrando como e onde os preconceitos e discriminações se apresentam. Sim, vale a pena o trabalho de conscientizar a sociedade. Todas as vezes em que interviemos, fizemos a diferença: a cada intervenção, acrescentamos um tijolo na construção de uma sociedade inclusiva”.
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