terça-feira, 7 de julho de 2009

Sinédoque, Nova York


Estava eu aguardando meu marido sair do trabalho, meio sem saber se voltava pra casa ou se ficava por ali... Parei em frente a um cinema “em cartaz hoje às 16h SINEDOQUE NOVA YORK”. Olhei no relógio que apontava 15:55h. Foi tentador... Ao final de 124 minutos de filme o pensamento foi outro: “filme mais doido que já vi!”.

Sinédoque, Nova York mostra a história de um diretor de teatro, mal casado e com uma filha de 4 anos. A mulher decide viajar para Berlim e levar a filha sem expectativa de volta, o diretor de teatro Caden Cotard, que vivia doente e em crise profunda, decide criar uma peça de teatro que conta a sua própria historia em todos os detalhes, para isso ele tenta se entender e compreender todos à sua volta. Assim, vemos uma cena que se passa na vida “real” se repetir exatamente igual na peça, dentro de um cenário que é a cópia milimétrica da original da cidade de NY fora dos palcos.

A sinopse parece boa, mas o filme é enrolado demais! Chegando a confundir o que era real e o que era ensaios da peça, confunde também a linha do tempo, dos personagens que eram muito parecidos com da historia, enfim! É um filme difícil de digerir.
Quando cheguei em casa, li sobre o autor e, então, entendi o porquê do filme tão confuso: Charlie Kaufman é autor e diretor do filme, sua fama é de ignorar o mundo exterior e fazer filmes totalmente enigmáticos. O que importa para ele é seu processo particular, é como ele pode manipular as coisas, alterando sua significação, seu lugar, seus objetivos e funções. O que ele quer mesmo é contar a sua historio no próprio personagem criado, de uma forma que só ele entende.

Enfim, o recado é o seguinte: se você gosta de filmes fáceis de interpretar que não fuja da realidade, não assista Sinedoque Nova York.

Boa semana! :)

Um comentário:

  1. Putz! Filme doidão, realmente! Mas só de ouvir você me contar, me deu vontade de conferir. Gosto de viajar!

    Beijos!

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